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Gleisi acusa BC de fazer chantagem com juros: “O Brasil que se dane”

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chamou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de arrogante após ata do Copom sobre juros

atualizado

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1 de 1 gleisi hoffmann - Foto: Gustavo Moreno/ Especial Metrópoles

A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, bateu forte no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em postagens nas redes sociais na tarde desta terça-feira (28/3). A parlamentar, uma das aliadas mais próximas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reagiu à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que trouxe dúvidas sobre a efetividade do novo arcabouço fiscal que o governo prepara para substituir a regra do teto de gastos.

“Arrogância do BC de Guedes e Bolsonaro não tem limites: querem desacelerar ainda mais a economia e manter juros na estratosfera”, escreveu Gleisi. “O Brasil que se dane, segundo o Copom. E ainda fazem chantagem sobre regra fiscal. O Brasil não merece isso”, completou ela, numa primeira postagem.

“Notícia sobre a inflação baixando em especial da comida pro povo é mais um motivo pro BC mudar essa política monetária austericída. Temos o maior juro do mundo e a maior queda da inflação entre países do G20. Até quando, Campos Neto?”, questionou, em seguida, a presidente do PT.

Ao lado de Lula, Gleisi tem sido uma voz combativa contra a política de juros mantida pelo BC desde o fim do mandato de Bolsonaro, com a manutenção da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 13,75% ao ano. Esse patamar deixa caro o crédito para empresários e consumidores e coloca um freio na economia. Para os diretores do BC, porém, o juro alto é necessário para segurar a inflação.

Haddad é mais comedido, mas também critica

Também crítico da política de juros do Banco Central, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem usado termos menos agressivos para lidar com a situação. Mais cedo, nesta terça, ele afirmou que a ata da última reunião do Copom veio “em termos mais condizentes”, mas disse que “o Banco Central também tem que nos ajudar”.

“Está em linha com o comunicado, mas da mesma forma que aconteceu no Copom anterior, a ata — com mais tempo de preparação — veio com termos, eu diria, mais condizentes com as perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária, que é o nosso desejo desde sempre”, respondeu Haddad ao ser questionado sobre como recebeu a ata.

No texto divulgado na manhã desta terça, o Copom apontou que um “arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno”.

Ao mesmo tempo, o Comitê incluiu as novas regras fiscais entre os fatores de risco para os cenários que traça sobre a inflação. São eles “uma maior persistência das pressões inflacionárias globais”, “a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública” e “uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos”.

Veja as postagens de Gleisi Hoffmann nesta terça:

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