Glauber Braga acusa Lira de articular por sua cassação: “Bandido”
Relator do processo contra o deputado do PSol apresentou parecer pela admissibilidade de um processo de perda de mandato por agressão
atualizado
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O deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) acusou, nesta quarta-feira (28/8), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de articular pela sua cassação no Conselho de Ética da Casa. O congressista chamou do líder dos deputados de “bandido”.
“O senhor [o relator] montou esse relatório a partir de uma articulação direta do presidente da Câmara, do senhor Arthur Lira […]. Faz isso combinado com o presidente da Câmara, que já há bastante tempo trabalha para me tirar da Câmara dos Deputados”, destacou Glauber.
“O senhor Arthur Lira é um bandido, que está na presidência da Câmara dos Deputados. Está roubando o orçamento público”, completou.
O parlamentar fez a acusação quando se defendia do processo que pede a perda do mandato por agressão contra um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).
A representação contra Glauber foi apresentada pelo Partido Novo, e é relatada pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que negou qualquer negociação com Lira.
O relator defendeu em seu texto a admissibilidade do processo contra o deputado do PSol. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) pediu vista, e a votação do parecer do relator saiu da discussão.
O Novo alega que Glauber teria quebrado o decoro parlamentar após retirar um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara dos Deputados. Na ocasião, o deputado empurrou e deu pontapés para retirar Gabriel Costenaro do espaço da Câmara depois de ter sido provocado verbalmente pelo militante.
Lira se defende: “Repulsa”
O Metrópoles pediu um posicionamento ao presidente da Câmara. Em nota, Lira disse que “xingamentos, ofensas pessoais e agressões são comportamentos incompatíveis com a compostura e com o decoro que se esperam de um integrante da Câmara dos Deputados”.
“Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje, por parte de parlamentar que já responde a outro processo perante o Conselho de Ética, por ter agredido uma pessoa presente no interior da própria Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo”, declarou o congressista.
“Sigo comprometido com o bom debate parlamentar e com a respeitosa troca de ideias, certo de que a sociedade brasileira, que tem fome de progresso e que não concorda com o ódio, espera muito mais de nós”, concluiu o presidente da Câmara