Gilmar Mendes critica Dallagnol: “Politização da persecução penal”
Ministro do STF afirmou que “demonizou-se o poder para apoderar-se dele”, após ex-coordenador da Lava Jato pedir exoneração
atualizado
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou, na manhã desta sexta-feira (5/11), a exoneração do procurador do Ministério Público Federal (MPF) Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Operação Lava Jato. No Twitter, Mendes afirmou que houve “politização da persecução penal”.
“Alerto há alguns anos para a politização da persecução penal. A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos: tudo convergia para um propósito claro – e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta”, escreveu o ministro.
Alerto há alguns anos para a politização da persecução penal. A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos: tudo convergia para um propósito claro – e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) November 5, 2021
A principal hipótese é de que Dallagnol tenha deixado o MPF para se filiar ao Podemos. O mesmo que será feito pelo colega ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
Saída de Dallagnol
Nesta quinta-feira (4/11), Dallagnol divulgou em suas redes sociais um vídeo em que anuncia a saída do cargo e explica os motivos que o levaram a tomar a decisão.
“Eu posso fazer mais pelo país fora do Ministério Público, lutando com mais liberdade pelas causas que eu acredito”, disse.
“Carrego comigo o sonho de um país mais justo e melhor”, frisou Dallagnol. Ele continuou: “Precisamos manter a esperança viva e lutar pela transformação que nós queremos”, ponderou.