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Gilmar Mendes: Bolsonaro tem responsabilidade “inequívoca” pelo 8/1

Decano do STF, Gilmar Mendes defendeu que o ex-presidente fez testes com manifestações anteriores e que a invasão foi “aposta no caos”

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1 de 1 Roda-Viva-Gilmar-Mendes - Foto: Reprodução

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, voltou a defender que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem responsabilidade política “inequívoca” nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na ocasião, bolsonaristas extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, na tentativa de reverter o resultado das eleições.

A declaração do ministro ocorreu durante participação no programa Roda Viva, nessa segunda-feira (8/5). Questionado sobre o ex-presidente ser o mentor intelectual da movimentação golpista, em termos de responsabilização jurídica, Gilmar defendeu que “é preciso julgar para depois condenar”.

No entanto, argumentou que o ex-mandatário da República tem “responsabilidade política inequívoca” pela invasão.

“Primeiro é preciso julgar, e depois condenar. Mas, responsabilidade política inequívoca, eu posso até adiantar que ele avançou”, defendeu Gilmar.

Segundo o decano, todas as manifestações a favor do ex-presidente realizadas durante a gestão, foram como testes. “Se queria muito uma GLO (ato de Garantia da Lei e da Ordem) que ele comandaria. Nos eventos de 8 de janeiro se queria uma GLO […] e Deus sabe o que isso ia virar naquele contexto em que não se tinha clareza e domínio sobre isso”.

“A mim, me parece que teve uma espécie de aposta no caos. São problemas que precisamos olhar, agora a responsabilidade jurídica, isso precisa ser investigado. Vamos aguardar as investigações”, prosseguiu.

Depoimento à PF

Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal (PF) em abril, no inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-mandatário virou um dos alvos do inquérito sob relatoria de Alexandre de Moraes, no STF, após compartilhar, em 10 de janeiro, publicação em que a regularidade das eleições era questionada.

Apesar de ter apagado o post no mesmo dia, a PGR acusou o ex-presidente de incitar a perpetração de crimes contra o Estado de Direito ao propagar o vídeo. Após mais de duas horas de oitivas, o ex-presidente alegou que estava “medicado com morfina” quando fez a postagem questionada.

Esta foi a segunda vez neste mês que Bolsonaro presta depoimento à PF. Em 5 de abril, o mandatário foi à sede da corporação para explicar sobre as joias que ganhou de presente da Arábia Saudita.

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