Gilmar Mendes afirma que “perseguição à Anvisa é vergonha nacional”
O ministro do STF usou as redes sociais para criticar as ameaças feitas por bolsonaristas aos funcionários da agência neste fim de semana
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes se pronunciou na noite deste domingo (19/12) sobre as ameaças feitas aos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Twitter, ele afirmou que “a perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional”.
Veja:
A perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional. Mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país. Aos servidores da agência, expresso minha solidariedade. Conclamo que as autoridades policiais investiguem e garantam a segurança das famílias.
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) December 20, 2021
Mais cedo, a agência divulgou uma nota sobre novas ofensas e intimidações feitas a servidores e funcionários. Mensagens foram publicadas nas redes sociais indicando possíveis ataques a diretores e servidores do órgão por conta da autorização do uso da Pfizer para vacinar crianças de 5 a 11 anos.
Entenda o caso
A Anvisa entregou um ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras, no qual solicita a apuração das ameaças contra servidores e diretores do órgão. Além disso, o documento também pede proteção policial para os envolvidos. Eles alegam que receberam novas ameaças de violência nas últimas 24 horas.
De acordo com nota divulgada pelo órgão neste domingo, ofensas e intimidações contra os funcionários foram publicadas nas redes sociais neste sábado (18/12).
“Esses fatos aumentaram a preocupação e o receio dos diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias”, diz a nota. Além disso, eles acrescentam que os funcionários ficaram apreensivos por conta das ameaças.
“Reitera-se COM URGÊNCIA o pedido de proteção policial aos citados agentes públicos e suas famílias a fim de salvaguardar a sua integridade física e psicológica diante da gravidade da situação enfrentada”, diz o texto.