Gerente diz que 2 mil capacetes em telhado de loja eram “isolamento”
Itens de proteção para motociclista foram apreendidos pela Polícia Civil, mas comerciantes explicam que objetos não tinham relação com crime
atualizado
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Os cerca de 2 mil capacetes apreendidos pela polícia, que estavam sobre o teto de um galpão no centro da cidade de São Paulo, na verdade serviam como isolante térmico de uma loja de motociclistas, explicou ao Metrópoles a gerente do estabelecimento, Karina Freitas.
“Além do isolamento térmico, esses capacetes ajudam a proteger um pouco as telhas, porque não tem laje no prédio. Querendo ou não, estamos em uma região muito degradada, muito próxima da cracolândia. A gente nunca trabalhou com coisa errada, meu pai sempre foi o cara certo da rua. Temos uma empresa muito organizada”, explicou Karina.
No último sábado (7/5), a Polícia Civil fez uma operação na região para combater a venda de peças roubadas de motocicletas. Entre os itens apreendidos na ação policial, foram levados os capacetes que cobriram o teto da Hélio Motos, loja de Francisco Helio de Freitas Maia, de 58 anos, pai de Karina, que negou qualquer irregularidade em depoimento na delegacia.
Para a polícia, não havia provas da origem dos objetos e esses capacetes podem ser de motocicletas furtadas ou roubadas. Já Karina disse que o pai recebe capacetes velhos e estragados há mais de 10 anos. Do lado do caixa do estabelecimento, há um local para descarte de capacetes.
Símbolo da loja
A “cobertura de capacetes” da loja de capacetes era um símbolo da loja. Eles seriam colocados lado a lado bem juntos, de uma forma que não desse água parada. A gerente disse que em 2017 a polícia chegou a ir até o estabelecimento e a situação foi esclarecida, mas dessa vez, os itens foram apreendidos.
“A gente teve uma surpresa com o que aconteceu. Para a gente foi um baque. Foi muito desesperador. Não sabíamos o que fazer”, contou a gerente da loja.
Karina também relatou que a suspeita dos capacetes já foi levantada por apresentadores de TV em programas que usam imagens de helicóptero. Ela disse que por conta da confusão, agora vão começar a jogar os capacetes descartados no lixo, ao invés de acumular sobre a loja. Francisco Helio explicou a situação na delegacia e foi liberado.
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