“Geral colando”: candidatos falam das fraudes em concurso da PM no Rio
Vinte pessoas foram presas por suspeita de tentar fraudar o concurso, em operação da Corregedoria da PM. Candidatos relatam irregularidades
atualizado
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Candidatos que realizaram o concurso para soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ), no último domingo (27/8), estão denunciando fraudes e erros de fiscalização durante a aplicação da prova escrita.
Enquanto mais de 100 mil candidatos realizavam as provas, 20 pessoas foram presas em uma operação da Corregedoria da PM, por suspeita de tentarem fraudar o concurso.
Candidatos denunciam que não havia compartimento para guardar o celular, o que permitiu o uso dos aparelhos durante a aplicação da prova. Alguns chegaram a fazer vídeos e fotos de dentro da sala.
“O meu estava muito fácil de colar. Se eu soubesse, tinha colado. Não revistaram nada”, lamentou uma candidata do grupo Foco PMERJ. “A prova começou 10:50 em Novas Iguaçu, atrasou tudo. Maior bagunça, geral colando, infelizmente”, reclamou um outro candidato do concurso da PM.
Também há relatos de colas escritas em papel nos banheiros, falta de detectores de metal e atrasos de mais de uma hora para o início das provas.
PM apura denúncias
O Metrópoles entrou em contato por ligação, mensagem e e-mail com o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), responsável pela aplicação da prova, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Em nota, a Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que a responsabilidade pela execução e fiscalização do concurso é do Ibade.
“A corporação está apurando as denúncias e analisa as providências que serão adotadas”, informou a PM em trecho da nota.
O concurso da PM do Rio deste ano oferece 2 mil vagas para soldados, sendo que 200 são para mulheres e 1.800 para homens. O salário inicial após curso de formação é de R$ 5.233,88.