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Genoino sugere boicote a empresas de “judeus”; Conib repudia fala

O ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) afirmou, ainda, que o Brasil deveria deixar de fazer negócios com Israel

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José Genoino, ex-presidente do PT
1 de 1 José Genoino, ex-presidente do PT - Foto: Alex Silva/PT/Divulgação

O ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) disse achar interessante “a ideia de boicote” a “determinadas empresas de judeus” e a “empresas vinculadas ao estado de Israel“. A declaração do político ocorreu durante uma transmissão ao vivo nesse sábado (20/1).

Genoino falava sobre deixar de fazer compras na Magazine Luiza em decorrência do apoio de Luiza Trajano, dona da empresa, a um abaixo-assinado que pedia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistisse de apoiar uma ação da África do Sul contra Israel por genocídio.

“Essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos, que fere o interesse econômico, é uma forma interessante. Inclusive ter esse boicote a determinadas empresas de judeus”, destacou Genoino.

“Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel”, completou o político. Confira aqui a declaração do ex-deputado federal.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou a declaração do petista e destacou que o boicote a empresas de judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista, antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, destaca trecho da nota.

A entidade ressaltou ainda que a fala de José Genoino é antissemita: “A Conib mais uma vez apela às lideranças políticas brasileiras que atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio, pois suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”.

Acusação da África do Sul

A África do Sul entrou com um processo na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, em que acusa Israel de promover um genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza.

O governo brasileiro manifestou apoio à iniciativa sul-africana. A medida foi anunciada horas depois do encontro do presidente Lula com o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben.

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Israel intensifica as operações militares em Gaza depois que uma trégua sustentada entre o Hamas e Israel não durou mais de uma semana, apesar das negociações diplomáticas e da libertação de prisioneiros
ONU teme que situação em Gaza “mergulhe no profundo abismo” no Ramadã
Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas
Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza
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Chuvas em Gaza

Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Israel intensifica as operações militares em Gaza depois que uma trégua sustentada entre o Hamas e Israel não durou mais de uma semana, apesar das negociações diplomáticas e da libertação de prisioneiros

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ONU teme que situação em Gaza “mergulhe no profundo abismo” no Ramadã

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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas

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Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

A tensão na Faixa de Gaza se intensificou depois que membros do Hamas invadiram o território de Israel, mataram centenas de civis e sequestraram 240 pessoas, em 7 de outubro de 2022.

Desde o ataque a Israel, o conflito deixou cerca de 1.140 vítimas do lado israelense e aproximadamente 25 mil mortos na Faixa de Gaza.

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