1 de 1 Lula e Bolsonaro em arte com fundo vermelho e azul
- Foto: Yanka Romão/Metrópoles
Na Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para a presidência da República, com 62%. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece atrás, com 19%, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (15/7).
Em relação à sondagem anterior, houve oscilação dentro da margem de erro e o chefe do Executivo subiu dois pontos percentuais, saindo de 17%. Já o petista caiu um ponto percentual, pois tinha 63% no último levantamento.
A pesquisa também mostra Ciro Gomes (PDT) com 5%, André Janones (Avante) com 2%, e Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PCO) com 1%. Os números são do cenário estimulado, quando as opções de voto são apresentadas ao eleitor.
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Intenção de voto para presidente na Bahia - estimulada
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Intenção de voto para presidente na Bahia - comparativo
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Intenção de voto para presidente na Bahia - espontânea
Em uma simulação de segundo turno, Lula teria 69% das intenções de voto, contra 21% de Bolsonaro.
A consulta ouviu de forma presencial 1.140 eleitores, em 63 municípios, e está registrada na Justiça Eleitoral sob seguintes registros: BA-05185/2022 e BR-03146/2022. A margem de erro é de 2.9 pontos percentuais.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro
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Na pesquisa espontânea, quando os candidatos não são apresentados, Lula também aparece em primeiro lugar, com 47% das intenções de voto. Em maio, o resultado era de 45%. Já Bolsonaro aparece com 15%, contra 13% da pesquisa anterior. Em terceiro lugar, aparece Ciro Gomes, com 1%, mesmo número de maio.
Os eleitores que não pretendem votar somam 33%, já os que votarão branco ou nulo são 2%.