1 de 1 ACM Neto - Metrópoles
- Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-prefeito ACM Neto (União) vence em primeiro turno as eleições para o governo da Bahia, com 61% das intenções de voto, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (15/7). O segundo nome, Jerônimo Rodrigues (PT), aparece 50 pontos atrás, com 11%.
Em seguida, estão João Roma (PL), com 6%, e Kleber Rosa (PSol), com 1%. Giovani Damico (PCB) não pontuou. Os números são do cenário estimulado, quando as opções de voto são apresentadas ao eleitor.
Segundo o levantamento, 9% disseram estar indecisos, enquanto os que afirmaram que votarão nulo ou branco e/ou não votarão somam 12%.
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Pesquisa de intenções de voto para o governo da Bahia - cenário estimulado
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Pesquisa de intenções de voto para o governo da Bahia - comparação
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Pesquisa de intenções de voto para o governo da Bahia - cenário espontâneo
Em comparação com a última pesquisa, em maio, ACM Neto caiu 6 p.p. Já Jerônimo Rodrigues cresceu 5 pontos, enquanto João Roma subiu 1 ponto dentro da margem de erro.
A consulta ouviu de forma presencial 1.140 eleitores, entre os dias 9 e 12 de julho. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º BA-05185/2922. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais.
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os candidatos aos entrevistados, o ex-prefeito de Salvador também aparece à frente na corrida, com 16%. Enquanto isso, Jerônimo Rodrigues tem 6% e Roma fica com 3%. Rui Costa, que não pode tentar uma nova reeleição, aparece com 2%. Indecisos somam 67%.
A pesquisa também aponta Otto Alencar (PSD) como favorito ao Senado, com 32% das intenções de voto. Aos 74 anos, o senador tentará a reeleição em outubro.
Em seguida, aparece Cacá Leão (Progressistas), com 10%; Raíssa Soares (PL) e Marcelo Nilo (Republicanos), ambos com 6%; e Tâmara Azevedo (PSOL), com 4%.
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Em época de eleição, as pesquisas eleitorais são, quase sempre, termômetros importantes para acompanhar o cenário político. No entanto, não é raro observar resultados divergentes entre pesquisas que foram realizadas durante o mesmo período. Isso, na verdade, não aponta erro, mas explica como certas metodologias adotadas por empresas podem influenciar resultados
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Quando não se entende como os estudos são feitos, é comum achar que institutos podem estar tentando manipular resultados. Afinal, por qual motivo as pesquisas eleitorais são tão diferentes e erram tanto, não é mesmo? A resposta é simples: dependendo do local, da escolha de abordagem e até do momento em que as pesquisas são feitas, os resultados podem divergir
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As pesquisas eleitorais são um retrato do momento que os dados foram coletados. Elas não funcionam em tempo real. Por exemplo, se a intenção de voto para um candidato A é alta, mas no dia seguinte as coisas mudam pois ele se envolveu em polêmicas, a pesquisa estará desatualizada e não corresponderá mais à intenção do público
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A metodologia utilizada também pode ser uma variante. As perguntas feitas pelas empresas e até mesmo a abordagem utilizada influenciam na resposta do público
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Por exemplo, levemos em consideração que a empresa B escolheu realizar a pesquisa eleitoral entregando uma lista com nome dos candidatos para que a pessoa possa circular. A empresa C optou por abordar verbalmente pessoas na rua para descobrir a intenção de voto delas. A chance da empresa A conseguir mais participantes na pesquisa é superior às chances da empresa C, e isso já influencia no resultado de uma para a outra
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Além disso, apresentar estímulos que podem afetar a resposta do eleitor, fazer a entrevista pessoalmente, por e-mail ou por telefone e até a ordem das palavras pode desestimular ou estimular a participação. Levando em consideração que várias empresas realizam enquetes, obviamente os resultados serão conflitantes
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O local onde as pesquisas são feitas também pode fazer diferença. Geralmente, áreas onde a renda dos habitantes é baixa, determinados partidos tendem a ganhar, assim como locais onde a renda dos habitantes é mais alta, a preferência por outro determinado partido é nítida. Se um instituto conseguir entrevistar mais pessoas em um local e não no outro, o resultado também será influenciado
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Ou seja, em termos práticos, as empresas, muitas vezes, não estão erradas. As diferenças metodológicas das pesquisas é que definem o resultado
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Apesar de o que possa parecer, as diferenças entre as pesquisas não são mal vistas. Elas, na verdade, ajudam os institutos a compararem os resultados e melhorarem a abordagem para obter resultados mais exatos no futuro