Genial/Quaest: 55% do mercado financeiro espera piora na economia
A pesquisa consultou 100 pessoas ligadas ao mercado financeiro entre os dias 16 e 21 de novembro
atualizado
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A pesquisa O que pensa o mercado financeiro, da Genial/Quaest, publicada nesta quarta-feira (22/11), aponta que 55% do setor espera uma piora na economia nos próximos 12 meses. Em setembro, quando foi feita a rodada anterior do levantamento, essa fatia era de 34%.
O levantamento realizou 100 entrevistas, de forma on-line, com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 16 e 21 de novembro.
A parcela de agentes do mercado que consideram que a política econômica do país está na direção errada é de 73%, o que representa uma variação de apenas 1 ponto percentual em relação a setembro.
Dos 100 entrevistados, 77% consideram que o principal problema que dificulta a melhora da economia é a “falta de um política fiscal que funcione”. O restante aponta como problema “interesses eleitorais” (9%), “baixa escolaridade ou produtividade da população (6%) e “alta taxa de juros” (8%).
A pesquisa questionou como os operadores do mercado financeiro avaliam o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A fatia que considera a atuação positiva é de 43%; regular, de 33%; e negativo, 24%. Em outro questionamento, 80% dos entrevistados afirmam que a qualidade da equipe econômica atual é pior que a do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL).
A avaliação do governo Lula, por sua vez, teve um aumento de 5 pontos percentuais nas respostas negativas entre as duas últimas pesquisas. Em setembro, 47% avaliavam como negativo, enquanto em outubro a fatia foi para 52%. Aqueles que consideram a gestão positiva saiu de 12% para 9%.
As entrevistas da Genial/Quaest revela também a expectativa do mercado para o Produto Interno bruto (PIB) ao final do ano. De setembro a outubro, houve um aumento da fatia que projeta abaixo de 3%, saindo de 15% para 51%. Aqueles que esperam um crescimento acima de 3% saiu de 24% e chegou a 5%.