General Motors confirma processo de reestruturação no Brasil
Sindicato dos Metalúrgicos reage e afirma que não aceitará demissões e flexibilização de direitos dos trabalhadores
atualizado
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A General Motors confirmou nesta terça-feira (22/1) que está em processo de reestruturação global e que, para realizar novos investimentos no Brasil, buscará negociações com governos, sindicatos e fornecedores. A declaração dos dirigentes da empresa provocou reação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que posicionou-se contra qualquer plano que envolva demissões e flexibilização de direitos. Ainda assim, a direção do Sindicato afirmou que está aberta a negociações para garantir empregos, salários e direitos.
Tanto o presidente da GM Mercosul, Carlos Zarlenga, quanto dirigentes dos sindicatos dos metalúrgicos dos municípios de São José dos Campos e São Caetano, além dos prefeitos de ambas as cidades, se reuniram nesta terça. Uma das reivindicações defendidas na mesa junto a Zarlenga foi a garantia de estabilidade no emprego para todos na fábrica. Hoje, a GM local emprega cerca de 4.800 funcionários.
As negociações entre a GM e os sindicatos estão apenas na primeira rodada. Para que se chegue a algum acordo, todo o processo de negociação será discutido com os trabalhadores da fábrica e votado em assembleia. A primeira acontecerá nesta quarta (23).
“Somos contra a reestruturação e não aceitaremos que os trabalhadores paguem esta conta com seus empregos. A GM é líder de mercado e não há qualquer motivo que justifique o fechamento de fábricas, como vem sendo anunciado”, afirma o vice-presidente do Sindicato de São José dos Campos, Renato Almeida.