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General Freire Gomes depõe por mais de 7 horas na sede da PF

Ex-comandante do Exército prestou depoimento à PF sobre suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder

atualizado

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Alan Santos (PR)
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1 de 1 Imagem colorida do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército do governo Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Alan Santos (PR)

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, ficou por mais de sete horas na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta sexta-feira (1º/3). O militar prestou depoimento no âmbito do inquérito que investiga suposta tentativa de golpe planejada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Ele teria respondido a todas as perguntas feitas pelos investigadores.

O depoimento do militar começou por volta das 15h e terminou no final desta sexta. Freire Gomes comandou o Exército no último ano da administração Bolsonaro.

O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, em delação premiada, informou que o comandante do Exército teria participado de conversas para articular a minuta do golpe. Esse documento tinha como objetivo cancelar as eleições de 2022, que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, Freire Gomes teria recusado a tese golpista.

Por conta da negativa, o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, chamou Freire Gomes de “cagão” em troca de mensagens com o ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros.

Investigação da PF

A PF deflagrou em 8 de janeiro a Operação Tempus Veritatis contra organização que atuou em suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Na ocasião, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.

A operação foi aprovada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do processo na Corte.

Foram alvos da PF, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; e os ex-ministros Braga Netto (Defesa e Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça).

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