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General Augusto Heleno, ex-GSI, presta depoimento à CPI do 8/1

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro, general Heleno já depôs à CPI da CLDF

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1 de 1 imagem colorida mostra general Augusto Heleno prestando depoimento durante CPI dos Atos Antidemocráticos na CLDF - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso Nacional ouve, nesta terça-feira (26/9), o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no governo Jair Bolsonaro (PL). Ele foi chamado, mas tentava, na Justiça, não comparecer. Na noite de segunda (25/9), o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu ao militar o direito de permanecer em silêncio diante dos parlamentares. Mas ele terá que comparecer, na condição de testemunha.

A menos de um mês para o prazo de entrega do relatório final do colegiado, a CPMI se aproxima de figuras próximas ao ex-presidente na tentativa de relacioná-lo à autoria intelectual dos atos antidemocráticos.

O general Heleno será ouvido em um segundo momento da sessão, depois de os membros votarem novos requerimentos na comissão. A base governista e a oposição negociam acordo que beneficie os dois lados na votação de novas convocações.

O militar já compareceu na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). No depoimento, afirmou que “jamais participou” de reuniões sobre possíveis ações contra a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Heleno chamou ainda de “narrativas fantasiosas” as alegações de que o ex-presidente e aliados queriam anular o resultado das urnas.

Nesta semana, a CPMI também pretende ouvir Alan Diego dos Santos Rodrigues na quinta (28/9). Ele foi condenado por participação na tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília (DF).

Futuro da CPMI

Enquanto governistas tentam fechar o cerco a figuras próximas do ex-presidente, solicitando, por exemplo, o relatório de inteligência financeira (RIF) de Bolsonaro e Michelle, a oposição insiste que membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinham conhecimento da amplitude dos atos de 8 de janeiro. Os principais focos são o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias, que falou ao colegiado em agosto, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Outro nome que aparece entre as prioridades de convocação da base governista é Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro, que teria entregue uma minuta de teor golpista para o ex-presidente.

Relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) considera essencial um novo depoimento de Mauro Cid, que esbarra na confidencialidade do acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal (PF). Eliziane também protocolou o pedido de convocação do almirante de esquadra Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, depois da informação de que ele teria colocado as tropas à disposição em uma proposta de golpe de Estado.

Presidente do colegiado, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), por sua vez, defende que o comandante da Força Nacional seja um dos convocados na reta final da CPMI, assim como financiadores dos atos e dos acampamentos de apoiadores do ex-presidente. Ele descartou votar a acareação entre Bolsonaro e Cid, proposta por Eliziane.

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