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Geddel, Cunha e Joesley são indiciados na Operação Cui Bono?

O operador financeiro Lúcio Funaro e o ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto também são alvos da investigação

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Joesley Batista - após prestar depoimento no PDG
1 de 1 Joesley Batista - após prestar depoimento no PDG - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao concluir o inquérito da Operação Cui Bono?, a Polícia Federal indiciou 15 pessoas. Entre elas, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB); o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ); o operador financeiro Lúcio Funaro; o ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto e os empresários Joesley Batista, do Grupo J&F, Henrique Constantino, da Gol, e Marcos Molina, da Marfrig. A lista dos indiciados foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Deflagrada em janeiro do ano passado, a Cui Bono? investiga se Geddel, vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa de 2011 a 2013, cobrava propina para liberar empréstimos. Investigadores suspeitam que o emedebista fornecia informações privilegiadas para Cunha, Funaro e Cleto.

Segundo a PF, foram identificados crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, formação de quadrilha e obstrução à investigação de crime praticado por organização criminosa.

No pedido que deu origem à operação, o procurador Anselmo Lopes disse que mensagens encontradas no celular de Cunha apontavam a solicitação de propina a empresas interessadas em empréstimos da Caixa.

“Os diálogos não deixam dúvidas de que Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha buscavam contrapartidas indevidas nas diversas empresas, visando à liberação de créditos que estavam sob a gestão da vice-presidência de Geddel”, disse Lopes.

Em uma das mensagens, de 30 de julho de 2012, Geddel diz a Cunha que o “voto sai hj’ — sobre um empréstimo a Marfrig. No outro dia, Geddel envia novamente a Cunha informações sobre aprovações de crédito da Marfrig. Após informar que o voto foi favorável a duas operações da empresa, de R$ 300 milhões e R$ 50 milhões, Geddel sinaliza que estava feito o que lhe cabia. “Opinião de voto: favorável. Já foi, agora é vc”, diz.

O advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, afirmou que ele “segue colaborando com as autoridades, respeitando todas as cláusulas do seu acordo”. Procurados, os outros indiciados não responderam até a publicação desta matéria.

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