Gato cego infectado por coronavírus felino: a luta para salvar Abu
Moradores de Santos (SP), donos de gato adotado tentam salvar animal, infectado por coronavírus felino, com tratamento experimental.
atualizado
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São Paulo – Moradora de Santos, no litoral de São Paulo, Mariana Machado, de 33 anos, adotou em outubro do ano passado o gato Abu em uma feira de adoção. Foi um gesto raro pelo fato de Abu ser um animal adulto e também cego. Neste tipo de situação, os filhotes sempre lideram a preferência.
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A tarefa de Mariana se tornou ainda mais desafiadora. Dois meses depois, Abu foi diagnosticado com uma doença causada por um coronavírus felino, a Peritonite Infecciosa Felina (PIF), que não é transmissível para humanos.
Trata-se de uma doença que não costuma avançar para casos mais graves. Contudo, quando isso acontece, o animal pode ser acometido por diarreia, febre, falta de apetite, cegueira, lesões neurológicas e articulares.
“Tem uma amiga da nossa veterinária que é oftalmologista, e topou ver o Abu. Ela disse que a cegueira dele é irreversível, mas a gente pensava que a cegueira era de maus-tratos. Ela questionou se era isso mesmo, porque achava que era outra coisa. Aí, eu gelei”, disse Mariana em entrevista ao G1.
Auxiliar administrativa, ela busca agora recursos para pagar um tratamento experimental que custa em torno de R$ 30 mil. A dona de Abu iniciou uma campanha em redes sociais para levantar o dinheiro para o tratamento de Abu. E já conseguiu comprar as primeiras doses do medicamento.
“A gente já está sentindo uma melhora, ele levantou, se arrastando, e depois foi comer. Isso é um baita estímulo”, acrescentou Mariana.