Gate: conheça o grupo que encurralou os atiradores da escola de Suzano
De acordo com o comandante da PM de SP, os atiradores estavam prestes a entrar em outra sala quando se deparam com a força tática
atualizado
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O massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, cidade a 50 km de distância de São Paulo, poderia ter sido maior, não fosse a ação do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar do estado. Na manhã desta quarta-feira (13/3), os oficiais impediram os atiradores, que dispararam contra alunos e funcionários, de alvejarem mais pessoas.
Durante coletiva de imprensa, o comandante da PM de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou que os agentes do Gate SP impediram os criminosos Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, de entrarem em uma sala de aula e atirarem contra outros 10 alunos, que se escondiam no espaço.
“Eles estavam prestes a entrar em uma sala com dezenas de alunos, mas se depararam com a força tática”, explicou. A investigação aponta que, após os assassinatos, Guilherme matou Luiz Henrique e depois se suicidou. Segundo a polícia, os dois tinham um pacto de que fariam o ataque e depois se matariam. E que andavam pesquisando na internet massacres em escolas dos Estados Unidos.
Criado em 1988, o Gate é a 2ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia de Choque do Estado de São Paulo. O seu surgimento aconteceu com a união das habilidades de ex-integrantes do Corpo de Bombeiros e da Rota – tropa de elite da polícia paulista.
O grupo é dividido em equipes táticas, além de um esquadrão de bombas, e é convocado para ocorrências “não corriqueiras”, como rebeliões em penitenciárias, roubos e sequestros com reféns ou em situações como a de Suzano.
Entenda o caso
Os atiradores invadiram a escola estadual Raul Brasil na manhã desta quarta-feira (13/3), deixaram oito mortos e dezenas de feridos antes de tirarem a própria vida. Ainda não se sabe o que motivou o crime bárbaro.
Os dois estavam fortemente armados com um revólver calibre .38, uma besta — arma medieval com flechas —, facas, peças que imitavam explosivos e um machado. Um menino foi atendido no hospital municipal da cidade com o objeto cravado no ombro.
O comandante da PM de São Paulo, coronel Salles, informou que os dois atiradores eram alunos antigos da instituição. Por isso, a entrada no local tenha sido facilitada.
A Escola Estadual Raul Brasil tem ensino fundamental e médio, além de um centro de línguas. São cerca de mil alunos e 121 funcionários. O ataque aconteceu no horário do intervalo, quando os estudantes estavam fora das salas de aula.