“Gata do 157 CP”: quem é jovem presa por roubos em Belford Roxo (RJ)
Thalita Silva Teixeira, 19, usava a beleza como isca para escolher vítimas de assaltos. Carioca atuava com o namorado e outros dois homens
atualizado
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Rio de Janeiro – “Gata do 157 CP”. Assim era conhecida Thalita Silva Teixeira, 19 anos, presa em flagrante na segunda-feira (3/1) em uma ação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro acusada de cometer diversos roubos nos bairros Itaipu e Shangri-lá, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
O apelido se refere ao Artigo 157 do Código Penal, que caracteriza o crime de roubo. O adjetivo “gata” também tem um motivo: a jovem aproveitava da beleza que tem para atrair possíveis vítimas para o grupo criminoso que integrava.
“A suspeita é que, em razão da beleza, ela identificasse possíveis vítimas para os criminosos. Eles têm forte poder bélico e vão às casas delas, subjugando-as e subtraindo bens”, explicou o delegado Alexandre Netto, da 54ª DP, ao Metrópoles.
O delegado contou que, ao perceber que seria detida, Thalita tentou fugir, mas quebrou as duas pernas ao cair de um muro. A “gata do 157 CP” precisou ser carregada pelos policiais militares até a delegacia por estar com as duas pernas engessadas. Assista ao vídeo:
A Polícia Civil também apurou que Thalita teria tido um filho com um miliciano da região que está preso. A criança tem 4 anos. O delegado detalhou que, entre 9 e 25 de dezembro, ocorreram diversos crimes nos dois bairros de Belford Roxo, como roubos e estupros, inclusive de vulnerável.
A apuração da polícia identificou três principais suspeitos: Luan Nascimento Duarte Silva, namorado de Thalita; Darlan Nascimento Duarte Silva, irmão dele; e Fabiano da Hora. O trio tem mandados de prisão em aberto e seguem foragidos.
“Temos três investigações em paralelo para apurar a conduta deles aqui na 54ª DP. Eles também são alvo de inquérito na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense”, afirmou Netto.
Jovem usava atributos físicos
A jovem nunca havia sido presa, mas acabou descoberta após a polícia receber informações de uma série de roubos na manhã de 3/1. Acompanhada do namorado e de outro suspeito, ela portava um fuzil em uma moto.
“De cinco a seis vítimas foram assaltadas. Ao final da tarde, com auxílio da Polícia Militar, conseguimos localizá-la. Os demais fugiram”, disse o delegado.
Com Thalita, foram encontrados quatro celulares. Vítimas de crimes foram à delegacia e reconheceram a suspeita como integrante do grupo criminoso, segundo Alexandre Netto.
“As investigações continuam com o intuito de apurar o papel dela dentro dessa organização criminosa”, concluiu.
A audiência de custódia de Thalita está marcada para esta quinta-feira, de acordo com o Tribunal de Justiça do RJ.