metropoles.com

Garota trans é expulsa de escola no Ceará e mãe pede ajuda na internet

A instituição alegou não poder “atender às necessidades” da menina, de 13 anos, e pediu que a mãe a matriculasse em outra escola

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Facebook
Garota é expulsa de escola por causa de transfobia
1 de 1 Garota é expulsa de escola por causa de transfobia - Foto: Reprodução/Facebook

Uma escola do Ceará provocou polêmica ao expulsar uma garota trans. Lara, de 13 anos, estudava na Escola Educar Sesc, em Fortaleza, mas foi desligada após a instituição alegar não poder “atender às necessidades” da menina. Em um post no Facebook, a mãe, Mara Beatriz, expôs sua indignação, acusando o colégio de transfobia por negar à menina acesso ao banheiro feminino e não reconhecer o nome social.

De acordo com o relato de Mara, a escola admitiu que a menina é ótima aluna, mas que não poderá renovar a matrícula para 2018. A adolescente estudava no local desde os 2 anos, o que deixou a mãe ainda mais decepcionada. “O que justifica a expulsão de uma aluna com um histórico exemplar senão a transfobia?”, escreveu no Facebook

Reprodução/Facebook
Lara estava na Escola Educar Sesc desde os 2 anos. Agora, com 13, foi expulsa da instituição por transfobia

A mãe ainda disse que a Educar Sesc não reconhecia o nome social de Lara, inserindo, em boletins, avaliações e demais trabalhos o nome civil dela, submetendo a estudante a constrangimentos. A mulher também diz que escolheu a escola justamente porque a instituição se mostrava inclusiva, tendo em vista ser frequentada por alunos com síndrome de Down, autistas e portadores de deficiência. “Um lugar que ela tinha como uma segunda casa, onde cultivou todas as amizades, nos deu a decepção mais amarga. Mas transformaremos esse gosto azedo em força para lutarmos por Justiça!!!”, alertou a mãe.

Ao pedir ajuda na internet contra a transfobia, a mãe informa que já fez um boletim de ocorrência na Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (DECECA), em Fortaleza, e já conta com a defesa de uma advogada do Centro de Referência LGBT.

Nesta quarta-feira (22), foi organizado um manifesto contra a transfobia em frente à escola. O objetivo da manifestação era o de criticar a atitude do centro de ensino ao desligar a estudante da instituição. A Educar Sesc se posicionou sobre o caso, divulgando uma nota de esclarecimento e um pedido de desculpas:

O Sistema Fecomércio-CE e a Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental, em Fortaleza, lamentam profundamente que qualquer atitude, fruto de preconceito ou desconhecimento, tenha causado sofrimento à família da Lara.
A direção do Sistema determinou imediata apuração e tomada de providências para o acolhimento da aluna, bem como a adoção de protocolos para que fatos semelhantes não voltem a acontecer.
O Sistema Fecomércio-CE é inclusão e educação. Reforçamos que a aluna tem a matrícula assegurada para 2018, como todos os estudantes veteranos da Escola Educar Sesc de Ensino Fundamental.
À família, nosso sincero pedido de desculpas.

 

 

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?