Garimpo apagou área equivalente a 4 campos de futebol por dia em 2023
As terras indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami são as mais afetadas pela expansão garimpeira e concentram 95% da mineração ilegal
atualizado
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Segundo um levantamento do Greenpeace Brasil divulgado nesta segunda-feira (11/3), o garimpo ilegal devastou 1.410 hectares nas Terras Indígenas (TIs) dos povos Kayapó, Munduruku e Yanomami, o equivalente à abertura de quatro campos de futebol por dia no ano de 2023.
As terras indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami são as mais afetadas pela expansão garimpeira. De acordo com estudo do Inpe, esses três territórios concentram 95% da mineração ilegal.
Na somatória total, o garimpo ilegal já devastou mais de 26 mil hectares dos territórios demarcadados dos povos Kayapó, Munduruku e Yanomami, uma área maior do que a cidade do Recife.
“Cada hora que passa com os garimpeiros dentro dos territórios indígenas significa mais pessoas ameaçadas, uma porção de rio destruído e mais biodiversidade perdida. Precisamos, para já, de uma Amazônia livre de garimpo”, disse Jorge Eduardo Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil.
Os dados foram feitos a partir de imagens de satélite que mostram que foram abertos mais de mil hectares de área para garimpo nos territórios. Para o Greenpeace, isso comprova que os esforços de combate e fiscalização são insuficientes.