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Garimpeiros armados destroem barreira do Ibama em terra Yanomami

Troca de tiros entre garimpeiros e agentes da Força Nacional aconteceu por cerca de 10 minutos. Mesmo com o ataque, ninguém ficou ferido

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Ascom/Ibama
Imagem colorida mostra rio em área Yanomami com atividade de garimpo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra rio em área Yanomami com atividade de garimpo - Metrópoles - Foto: Ascom/Ibama

Um grupo de garimpeiros armados atacou, na madrugada desta terça-feira (15/5), a base de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), montada no rio Uraricoera para impedir o acesso ilegal à Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Segundo o G1, os criminosos abriram fogo contra agentes do Ibama e da Força Nacional e conseguiram destruir o suporte da barreira física, feita com cabos de aço, instalada no meio do rio. Nenhum barco carregado seguiu em direção aos garimpos. Mesmo com o ataque, nenhum agente ficou ferido.

O novo ataque é o quinto em três meses de operação. A barreira tinha 240 metros de extensão e conectava um lado ao outro do rio Uraricoera, principal via fluvial usada pelos invasores para acessar a área de garimpo ilegal.

Momentos de ação dos garimpeiros

Agentes de fiscalização relataram que o incidente ocorreu em dois momentos:

  • Por volta de 1h, quando garimpeiros armados furaram o bloqueio do cabo de aço. O grupo estava a bordo de quatro barcos e seguia em direção aos garimpos. Estima-se que, durante 10 minutos, houve troca de tiros entre os criminosos e os agentes da Força Nacional.
  • Por volta das 4h, após confronto com os agentes, eles voltaram em 13 embarcações e conseguiram passar pela barreira, que estava destruída.

“O cabo foi rompido pela hélice, provavelmente. Uma parte está aqui, na nossa catraca, e a outra se encontra lá do outro lado do rio, na balsa. É isso: hoje, nós não temos barreira em Palimiú”, disse um agente que atua na região ao G1.

De acordo com suspeitas dos agentes da operação, os criminosos armados podem ser integrantes do mesmo grupo que atacou indígenas da comunidade Uxiu, em 29 de abril. Na ocasião, o agente indígena de saúde Ilson Xirixana, de 36 anos, foi atingido por um disparo na cabeça e morreu.

A barreira de fiscalização em Palimiú foi montada pelo Ibama desde o início da operação da retirada dos invasores.

Operação contra invasores

Impedir a entrada de barcos com suprimentos e equipamentos para garimpos ilegais no território Yanomami é o principal objetivo da base. A barreira de fiscalização em Palimiú foi montada pelo Ibama em 20 de fevereiro, quando o órgão instalou o cabo de aço, agora destruído.

Desde a notificação nacional da crise humanitária causada pelo avanço do garimpo na região das TIs Yanomamis, em Roraima, a operação está em vigor. Mortes, casos de desnutrição, estupro, exploração e malária foram identificados pelo governo federal.

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