Gamer foi morta por golpes de espada, afirma Ministério Público de SP
O órgão denunciou o assassino confesso do crime, Guilherme Alves Costa, de 18 anos. Promotor pediu exame de insanidade mental
atualizado
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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Guilherme Alves Costa pela morte da gamer Ingrid Oliveira Bueno da Silva. A denúncia foi apresentada na quinta-feira (25/2), e o crime ocorreu na última segunda-feira (22/2), em Pirituba (SP). De acordo com o MPSP, a vítima foi morta com golpes de faca e espada.
Guilherme tem 18 anos de idade e confessou ter matado Ingrid. A jovem, de 19 anos, era conhecida como Sol entre os participantes do jogo de tiro Call of Duty. Eles se conheciam há cerca de um mês, em páginas de games on-line. O acusado teria chamado Ingrid para jogar em sua residência e, por volta das 14h30, a assassinou.
Imagens do corpo de Ingrid apontam que, além das perfurações por faca e espada, Guilherme também teria tentado degolar a jovem. Depois de atacá-la, o acusado publicou imagens do corpo da moça ensanguentado nas redes sociais. Ele postou uma mensagem de texto afirmando ser o autor do crime: “Sou eu no vídeo, vocês estão cegos?”, escreveu.
Depois, em um vídeo, ele comenta que seguidores estão achando que as fotos não são verdadeiras, mas confirma o assassinato, rindo.
“Vocês estão achando que é tinta, que é montagem, ou algo do tipo. Mas não, não é [risos]. Eu realmente matei ela, entendeu? Bom, eu tenho um livro também. Pedir para o pessoal tá divulgando esse meu livro e é isso aí. Espero que vocês leiam, tem algumas verdades”, disse Guilherme.
O corpo de Ingrid foi encontrado pelo irmão do acusado, Bruno. O assassino confessou ao irmão que cometeu o crime porque a vítima “teria atravessado seu caminho”.
Na quinta-feira (25/2), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) converteu a prisão em flagrante de Guilherme Alves Costa em preventiva, sem previsão de soltura. Ele permanecerá detido até o julgamento.
Exame de insanidade mental
Além de denunciar Guilherme por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e uso de meio cruel, o promotor responsável pelo caso, Fernando Cesar Bolque, pediu que seja realizado um exame de insanidade mental do acusado.
“Requeiro seja determinada a realização de exame de insanidade mental no acusado, haja vista as circunstâncias em que o crime foi cometido, a frieza do denunciado ao gravar o vídeo, rindo pela bárbara morte da vítima e também pelo material (livro) que supostamente teria feito, sugerindo certo desvio de comportamento (ainda incerto quanto à natureza e grau)”, pediu o promotor.