Galípolo: data para sabatina esbarra em “regra do silêncio” do BC
Senadores falam em 17/9 para sabatina do indicado ao BC. Porém, no mesmo dia ele participa do Copom e há “regra de silêncio”
atualizado
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A possível data de 17 de setembro para a sabatina do indicado do governo para o comando do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ventilada nesta terça-feira (3/9) esbarra na “regra do silêncio” da autoridade monetária, quando há reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do qual o economista faz parte.
Galípolo atualmente é diretor de Política Monetária do Banco Central e participará e deve participar da próxima reunião do Copom, marcado para a mesma data ventilada no Senado para a sabatina.
Pela regra do BC, o período do silêncio se estende desde a quarta-feira da semana anterior àquela em que ocorre a reunião ordinária do Comitê até o momento da publicação da ata, publicada rotineiramente na semana seguinte da reunião.
A diretriz da autoridade monetária estabelece a proibição de declarações sobre assuntos do Copom em discursos, entrevistas à imprensa e encontros com pessoas que possam ter interesse nas decisões do Copom, incluindo regulados, economistas, investidores, analistas de mercado e empresários.
Na sabatina no Senado, Galípolo vai precisar responder sobre a política monetária e também sobre a perspectiva para os juros do Brasil.
No documento, fica estabelecido que somente o presidente do BC pode afastar a proibição. Atualmente, o chefe da autoridade monetária é Roberto Campos Neto, indicado por Jair Bolsonaro (PL), que fica no cargo até 31 de dezembro.
Data do dia 17 foi levantada por presidente da CAE
A data de 17 de setembro foi sugerida pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que é o responsável por pautar a sabatina.
Vanderlan vai se encontrar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda nesta terça para fechar qual será de fato o dia da arguição. O governo quer que a sabatina seja realizada na próxima semana, em 1o de setembro, mas uma ala da Casa vê a data como inviável.