Gabriel Monteiro: YouTube analisa se canal violou regras da plataforma
Vereador e ex-PM perdeu patrocínio de 15 marcas após a campanha #DesmonetizaGabrielMonteiro, da Sleep Giants Brasil
atualizado
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Rio de Janeiro – Após as denúncias de abuso moral e sexual e de exploração de crianças para se autopromover contra o vereador Gabriel Monteiro, o YouTube analisa se o canal do ex-PM violou as regras da plataforma. A rede social é uma das principais fontes de renda de Monteiro.
Em nota ao Metrópoles, o YouTube afirma que o caso “está sob análise”. “Quando não há violação à política de uso do YouTube, a análise final sobre a necessidade de remoção de conteúdo cabe ao Poder Judiciário, nos termos do Marco Civil da Internet”, informa a plataforma.
“Para manter a plataforma uma comunidade segura e auxiliar no processo de análise dos conteúdos, contamos com uma combinação de inteligência de máquina, revisores humanos e denúncias de usuários para identificar material que possa estar em desacordo com as nossas regras. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um conteúdo no YouTube em desacordo com as nossas diretrizes pode denunciar o vídeo ou o canal por meio da plataforma”, completa.
Campanha para desmonetizar
Desde que as denúncias foram veiculadas pelo Fantástico, da TV Globo, o movimento da Sleep Giants Brasil promove uma campanha nas redes sociais para alertar marcas que fazem anúncios no canal do vereador e pedir para que retirem o patrocínio.
Ao todo, 15 empresas já cortaram a monetização do canal de Monteiro. Segundo estimativa feita pelo especialista em marketing na internet, Thiago Martins, a pedido do jornal O Globo, Gabriel Monteiro pode arrecadar até R$ 400 mil por mês com seus vídeos. Valor este quase 28 vezes maior que o subsídio da Câmara, que é de R$ 14.346,73.
Denúncias
No dia 27 de março, ex-funcionários do vereador denunciaram casos de assédio sexual e moral além de exploração infantil por parte do parlamentar. Gabriel Monteiro foi o terceiro vereador mais votado do Rio, com 60.326 votos.
Três funcionários e ex-funcionários de seu gabinete afirmaram que, durante o exercício da função parlamentar, o vereador pedia “carinhos”, inclusive nas partes genitais. Monteiro também é acusado de forjar vídeos para seu canal do YouTube.
Na última terça-feira (29/3), o Conselho de Ética da Câmara Municipal se reuniu para discutir as acusações. Por maioria de votos, decidiu apurar durante sete dias. Só após a análise das denúncias, o colegiado vai decidir se haverá representação contra Gabriel Monteiro.
Confira as empresas que cortaram o patrocínio:
- Alice Saúde
- Amazon Brasil
- Buser
- Casas Bahia
- Centauro Esporte
- ClickUp
- Empiricus
- Estácio
- Hurb
- InfinitePay
- Jeep do Brasil
- Nubank
- O Boticário
- OI
- Shopee