Gabriel Monteiro será ouvido na próxima 5ª pelo Conselho de Ética
Vereador pediu para que o depoimento seja aberto ao público e transmitido ao vivo, o que não é permitido pelas normas do colegiado
atualizado
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Rio de Janeiro- O vereador e ex-PM Gabriel Monteiro (PL) será ouvido na próxima quinta-feira (23/6) pelo Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio. Nas redes sociais, ele pediu para que seu depoimento seja aberto ao público e transmitido ao vivo, o que não é permitido pelas normas do colegiado.
Monteiro é investigado por cometer crimes tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente, como gravar vídeo de sexo com uma menor de idade. Entre as outras acusações, estão assédio moral e sexual, estupro, peculato e indução a crimes. Ele responde a processo no conselho de ética da Câmara dos Vereadores por quebra de decoro.
Em publicação nas redes sociais, Monteiro mencionou os vereadores que integram o Conselho de Ética. Desde então, eles estão sendo pressionados pelos apoiadores do ex-PM:
“Tenho recebido centenas de xingamentos e palavras de baixo calão, e tenho sido muito constrangida por supostos seguidores do vereador Gabriel Monteiro”, disse a vereadora Teresa Bergher (Cidadania).
Ao Conselho de Ética, o delegado Maurício Arnaldo, que conduz o inquérito policial contra Gabriel Monteiro, afirmou que “as supostas boas intenções do youtuber não tiram o caráter delituoso das ações de Monteiro”.
“O delegado nos disse que só a filmagem de sexo com a menor já configura delito e que já há vários elementos probatórios. Apesar de ser testemunha convocada pela defesa, o depoimento do delegado foi muito contundente e esclarecedor. Já Pablo (policial militar que faz a segurança de Monteiro) confirmou que há uma mistura de papéis entre o trabalho de youtuber e de parlamentar. Ele confirmou que há oferta de dinheiro nos vídeos para que moradores de rua pratiquem crimes. É um confronto ao que se pode chamar de decoro ou ética parlamentar”, disse Chico Alencar, relator do caso.
Em nota, a defesa de Monteiro disse que o “delegado Luis Maurício Armond declarou que a menor que aparece no vídeo confirmou em depoimento que disse ao parlamentar ter 18 anos e que há uma investigação em curso onde já se provou a ligação de Rafael Sorrilha com os ex-assessores que acusam Gabriel Monteiro, deixando claro que todas as denúncias foram motivadas pela prisão efetivada contra o empresário quando ele ofereceu dinheiro ao vereador para não divulgar a máfia dos reboques”.
“Já a testemunha Pablo Foligno afirmou que agiu em legítima defesa ao empurrar um homem que estava com uma pedra na mão durante gravação de vídeo de experimento social contra o feminicídio, e que, nesse momento, conforme demonstram as imagens, o parlamentar não estava mais presente no local”, segue a defesa.
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