Gabriel Monteiro: PM devolve fuzis usados pela escolta de vereador
O armamento havia sido recolhido 24 horas antes da devolução, após denúncias do deputado estadual Giovani Ratinho (Pros)
atualizado
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Rio de Janeiro – Em menos de 24 horas após a apreensão, a Polícia Militar devolveu, nesta quarta-feira (30/3), dois fuzis usados pela escolta do vereador e ex-PM Gabriel Monteiro (sem partido).
O parlamentar é acusado por ex-funcionários de assédio moral e sexual e de exploração e constrangimento infantil. Os casos são investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.
O armamento foi recolhido nessa terça-feira (29/3), após denúncias do deputado estadual Giovani Ratinho (Pros). Segundo ele, há 42 dias as armas eram retiradas pela escolta, mas os militares não eram identificados especificamente na documentação que fica acautelada no 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), zona oeste, o que seria irregular.
Em nota, a corporação se limitou a informar que “a escolta ao referido vereador foi cedida a pedido da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, formalizado em junho do ano passado. De acordo com o documento, permanecem cedidos 8 policiais para atuar armados em escala definida pelo vereador”.
A 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) também apura o caso. Ainda na terça-feira, Giovani Ratinho denunciou que o Jeep Compass conduzido por um dos PMs, que faz a escolta de Gabriel Monteiro, foi multado por estar sem placa de identificação. Após o emplacamento, o veículo acabou liberado.
O Conselho de Ética e Disciplina da Câmara de Vereadores vai se reunir com sete promotores do Ministério Público na próxima segunda-feira (4/4). Por enquanto, o órgão decidiu que não vai representar pela cassação do vereador até ter mais elementos sobre as investigações sobre os crimes, como assédio sexual e moral. Monteiro nega as acusações.