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Gabriel Monteiro criou “setor” para perseguir vereadores e desafetos

Esquema foi detalhado pelo ex-assessor do vereador e coordenador do “setor de investigação e apuração” ao Conselho de Ética da Câmara

atualizado

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Gabriel Monteiro
1 de 1 Gabriel Monteiro - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – O vereador Gabriel Monteiro (PL) pedia que seus funcionários investigassem e perseguissem pessoas para tentar flagrá-las em situações que rendessem conteúdo para seus vídeos. Em algumas ocasiões, Laura Carneiro (PSD), então secretária de Assistência Social da Prefeitura do Rio, foi seguida por dias inteiros.

Segundo o ex-assessor do parlamentar Vinícius Hayden Witeze, que coordenava o setor de investigação criado por Monteiro, em seu depoimento ao Conselho de Ética, o intuito era verificar um possível “desvio de função” dos “alvos” apontados pelo parlamentar:

“Houve perseguição nesse dia, né? Ao qual eu persegui o carro da subsecretária [Laura Carneiro], para saber para onde ele ia, para verificar se havia um desvio de função. Houve também, logo após aquilo, que ele queria constranger a Laura. Então, ele pediu para que eu descobrisse a rotina dela”, contou.

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Monteiro pode perder o mandato
O vereador nega as acusações
Vereador e youtuber Gabriel Monteiro (PL)
Vinicius Hayden: ex-assessor de Gabriel Monteiro
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Gabriel Monteiro é visto no plenário da Câmara de Vereadores do Rio após o Conselho de Ética da Câmara

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Monteiro pode perder o mandato

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O vereador nega as acusações

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Vinicius Hayden: ex-assessor de Gabriel Monteiro

Reprodução

Segundo Vinícius, a dinâmica das apurações se dava por uma análise de campo, além da produção de fotos e vídeos durante uma tocaia, que podia durar um dia inteiro. O plano, no entanto, não seguiu adiante, pois o setor tinha muitas demandas e o ex-assessor não dava mais conta.

“Não, não cheguei, não comecei a investigar isso não [vereadores], até porque eu tinha muita investigação em andamento e já não estava dando conta das demandas e pressão de tempo que ele [Monteiro] estava me dando”, afirmou.

De acordo com ele, Gabriel Monteiro também queria investigar nomes como o do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, que perdeu o cargo após denúncias de corrupção, em maio de 2020. 

O ex-assessor ficou de mostrar provas para o Conselho de Ética na semana seguinte ao seu depoimento, mas morreu dois dias após, em um acidente de carro em Teresópolis, na Região Serrana.

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