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G. Dias teve “dificuldade de comando” durante atos de 8/1, diz Alckmin

No exercício interino da Presidência, Geraldo Alckmin voltou a falar que decisão de ex-ministro de pedir demissão foi “correta”

atualizado

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Vinicius Schmidt/Metropoles
O vice-presidente Geraldo Alckmin
1 de 1 O vice-presidente Geraldo Alckmin - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), disse neste sábado (22/4) que o ex-ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), teve “dificuldade de comando” durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

A declaração foi feita a jornalistas, após Alckmin ter sido questionado sobre o depoimento de Dias à Polícia Federal, na tarde dessa sexta-feira (21/4).

“Eu acho que o GDias fez o correto, que foi pedir demissão. Ele explicou que naquele momento teve dificuldade de comando. Vamos aguardar”, afirmou o presidente interino.

Crise no GSI

Imagens divulgadas na última quarta-feira (19/4), pela CNN Brasil, mostram a atuação do então chefe do GSI, Gonçalves Dias, durante as invasões de 8 de janeiro aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Nas gravações, é possível ver Dias e outros militares da pasta guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.

Após a divulgação dos vídeos, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo. Foi a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, pouco tempo depois de completar 100 dias.

As imagens das câmeras de segurança do Planalto levaram o presidente Lula a convocar uma reunião de emergência com ministros do governo para tratar sobre o assunto. No encontro, o ex-chefe do GSI se explicou para o presidente e colocou o cargo à disposição.

A repercussão em torno dos vídeos fez a Polícia Federal convocar Dias para prestar depoimento. Em cerca de cinco horas, o militar deu sua versão sobre os fatos relacionados aos atos golpistas. Ele diz que não prendeu os envolvidos nos atos de 8 de janeiro porque ele estava fazendo “gerenciamento de crise”.

Estrutura do GSI

Nesta semana, o Metrópoles mostrou que o Palácio do Planalto prepara um novo pente-fino de militares do Gabinete de Segurança Institucional.

Também após a repercussão das imagens, voltou a ganhar força o movimento para que o Gabinete de Segurança Institucional perca o status de ministério e tenha a estrutura reformulada, virando uma secretaria especial.

A ideia passou a ser aventada ainda na transição de governo, no ano passado. O problema central era a desconfiança do então governo eleito em relação aos agentes do GSI da gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Na quinta-feira (20/4), Alckmin disse que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estudar e definir sobre uma eventual reformulação na estrutura da pasta.

“Cabe ao presidente estudar”, disse Alckmin. Segundo ele, a demissão de Gonçalves Dias já é um caso “equacionado”. “Ele tomou a atitude que teria que ter tomado, que é pedir demissão. E o presidente aceitou. Então, bola para frente”, afirmou.

Sem desfecho

Na manhã deste sábado, durante declaração em Lisboa, Lula afirmou que decidirá sobre o destino do GSI quando voltar ao Brasil.

“Sobre o GSI, quando eu voltar, vou tomar a decisão que eu achar mais importante para o Brasil”, afirmou.

Até o momento, o presidente ainda não definiu o que será feito com o GSI, que por enquanto tem Ricardo Cappelli como ministro interino.

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