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Fux diz que PM do Rio “deve satisfações” por letalidade de operação

Ação da PM e da PRF na Vila Cruzeiro causou ao menos 23 mortes e está sendo investigada pelo Ministério Público Federal

atualizado

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Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles
1 de 1 Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A operação policial que deixou ao menos 23 pessoas mortas (há dúvidas sobre onde três vítimas morreram) na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, está repercutindo no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quinta-feira (26/5), em julgamento não relacionado ao tema, o presidente da Corte, ministro Luiz Fux, cobrou satisfações da Polícia Militar fluminense, que coordenou a ação junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“A Polícia Militar deve satisfações. Estou aguardando essas satisfações”, disse Fux, que revelou ainda já ter conversado sobre o tema com o ministro Edson Fachin, que relata uma ação no próprio Supremo sobre a letalidade policial no Rio de Janeiro.

Em fevereiro, o STF determinou ao governo fluminense que elaborasse um plano para reduzir a letalidade de operações policiais. Na quarta (25/5), Fachin se reuniu com Luciano de Oliveira Mattos de Souza, procurador de Justiça do Rio, e soltou nota dizendo ter “muita preocupação com a notícia de mais uma ação policial com índice tão alto de letalidade”.

Gilmar diz que quadro é preocupante

A manifestação de Fux sobre o caso nesta quinta veio após fala do ministro Gilmar Mendes: “Começo fazendo um breve registro a propósito de eventos ocorridos no Rio de Janeiro, essa violência policial lamentável, com quadro extremamente preocupante. E com palavras de autoridades locais atribuindo ao Supremo Tribunal Federal a responsabilidade por essa tragédia, que nós sabemos que é um problema estrutural”, criticou ele.

Mendes referia-se a uma fala do coronel Luiz Henrique Marinho Pires, da PM-RJ, que culpou a decisão do STF pelo aumento da violência. “A gente começou a reparar essa movimentação, essa tendência deles [de criminosos do resto do país] de migração para o RJ, a partir da decisão do STF [que limitou operações policiais em favelas durante a pandemia]”, disse o militar, na terça (24/5).

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