Fundo Amazônia é retomado após quatro anos com prioridade a Yanomamis
Fundo Amazônia é retomado com R$ 3,3 bilhões em caixa e dará prioridade a ações de proteção a indígenas e fiscalização de territórios
atualizado
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Após quatros anos, o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) voltou a se reunir na última quarta-feira (15/2), quando foi aprovada por unanimidade medida que dá prioridade a a projetos de proteção de comunidades indígenas como o território Yanomami, em Roraima, que enfrenta uma crise humanitária provocada pelo garimpo ilegal.
“A política ambiental brasileira voltou”, resumiu a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, após o encontro na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela gestão do fundo.
O Fundo Amazônia estava parado desde 2019, por decisão do governo Bolsonaro que extinguiu seu Comitê Orientador. O fundo foi reativado com R$ 3,3 bilhões em caixa, após decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinado no dia 1º de janeiro.
O objetivo do novo governo é que o início dessa retomada seja marcada por ações de proteção a povos indígenas e de fortalecimento da fiscalização ambiental.
Criado em 2008, o fundo tem a Alemanha e Noruega como seus principais financiadores. O governo alemão, inclusive, já anunciou que retomará o financiamento.
Além da Alemanha, Noruega França, Espanha, Reino Unido, União Europeia e Estados Unidos já anunciaram que devem voltar a apoiar o fundo.
“É uma retomada, depois de quatro anos em que mais de R$ 3 bilhões ficaram parados, enquanto a Amazônia estava sendo destruída, os povos indígenas completamente aviltados, além de todo o desmonte da política ambiental”, afirmou Marina Silva.