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Fundador da Anvisa e ex-ministro da Saúde pedem impeachment de Bolsonaro

Documento assinado por oito profissionais da saúde e enviado à Câmara cita “crimes de responsabilidade” cometidos na condução da pandemia

atualizado

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Gonçalo Vecina, ex-presidente da Anvisa
1 de 1 Gonçalo Vecina, ex-presidente da Anvisa - Foto: Reprodução

Um grupo de médicos e cientistas, incluindo Gonzalo Vecina Neto (foto em destaque), um dos fundadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão, protocolou um pedido de impeachment na Câmara contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O pedido afirma que o chefe do Executivo federal cometeu crimes de responsabilidade na condução da pandemia de Covid-19.

Logo no começo do pedido, os profissionais da saúde listaram uma série de declarações públicas e ações de Bolsonaro desde março de 2020, quando o coronavírus começou a se alastrar pelo país, até o dia 20 do mês passado.

Foi citada, por exemplo, a frase “Não sou coveiro”, proferida por Bolsonaro após ter sido questionado sobre o elevado número de óbitos pela doença no país. O pedido lembra também as declarações do presidente contra as medidas de isolamento social e as ocasiões em que o presidente minimizou os efeitos da doença.

Segundo os médicos e cientistas, o presidente “usou seus poderes legais e sua força política para desacreditar medidas sanitárias de eficácia comprovada e desorientar a população cuja saúde deveria proteger”.

Veja a íntegra do documento:

Pedido de Impeachment Bolsonaro by Metropoles on Scribd

O pedido também afirma que o negacionismo de Bolsonaro tem custado vidas de brasileiros.

“O Sr. Jair Messias Bolsonaro insistiu em arrastar a credibilidade da Presidência da República (e, consequentemente, do Brasil) a um precipício negacionista que implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia”, diz um trecho do documento.

O documento foi assinado por oito profissionais de saúde. Veja quem são:

  • Daniel de Araújo Dourado – médico, advogado e pesquisador associado do Núcleo de Pesquisa em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (NAP-DISA/USP).
  • Eloan dos Santos Pinheiro – ex-diretora da Far-Manguinhos (Fiocruz).
  • Gonzalo Vecina Neto – médico, professor de saúde pública da Universidade de São Paulo (USP) e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
  • José Gomes Temporão – médico sanitarista e ex-ministro da Saúde.
  • Ethel Leonor Noia Maciel – pesquisadora no campo da saúde coletiva, com ênfase em epidemiologia.
  • Reinaldo Ayer de Oliveira – médico e conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
  • Ricardo Oliva – médico sanitarista.
  • Ubiratan de Paula Santos – pneumologista do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Já foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Cabe ao novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não. Lira é aliado do presidente da República.

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