Funcionários do Arquivo Nacional relatam descaso com prédio no Rio
Entidade de servidores afirmou em nota que o espaço da instituição está em situação precária e corre riscos como o Museu Nacional
atualizado
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A Associação dos Servidores do Arquivo Nacional (ASSAN) se manifestou, em nota, nesta segunda-feira (3/9) a respeito do incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no último domingo (2). Segundo a entidade, o prédio que abriga a instituição pode ser o próximo a sofrer algum tipo de incidente.
“Durante o carnaval de 2017, a equipe de Engenharia do Arquivo Nacional detectou a falência do sistema de hidrantes do ‘Bloco F’ – que abriga quase toda a documentação da instituição – apontando elevadíssimo grau de risco que pessoas e acervos estão expostos”, diz trecho da manifestação.
De acordo com a associação, um laudo técnico apontou que a canalização tem mais de 50 anos, quando sua vida útil média é de 20 anos. “O Arquivo Nacional sofreu cortes de verbas, quase fechou as portas e continuou sem o orçamento em cerca de R$ 7 milhões para obras necessárias”, afirma a nota.
A entidade esclarece que existe a possibilidade de o prédio da instituição ser o próximo a sofrer danos. “Um ano e meio sabendo do risco de morte de pessoas e da perda irreparável de 500 anos de patrimônio documental nacional parece não ser o suficiente para sensibilizar o Ministério da Justiça que, por outro lado, acabou de liberar quase R$ 3 milhões para as comemorações dos 180 anos do (descaso) com o Arquivo Nacional. Não queremos ser os próximos”, finaliza o comunicado.