Funcionários da Eletrobras entram em greve contra privatização
De acordo com o Sindicato dos Urbanitários, a adesão é de 70% dos trabalhadores e a paralisação deve ocorrer por 72 horas
atualizado
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Funcionários da Eletrobras em todo o país cruzaram os braços nesta terça-feira (15/6) em protesto contra a privatização da empresa e o descumprimento de cláusulas do acordo coletivo de trabalho (ACT).
De acordo com o Sindicato dos Urbanitários, a adesão é de 70% dos trabalhadores. A greve deve ocorrer por 72 horas. A manifestação começou à 0h desta terça.
O agendamento da Medida Provisória (MP) 1.031/2021, que busca o fim do controle político da companhia, é a principal crítica dos trabalhadores, que temem demissões em massa.
Segundo o sindicato, mais de mil colaboradores já foram mandados embora desde o ano passado com o anúncio de desestatização da Eletrobras. “Até o presidente da empresa já declarou nesta semana que vão ter novas demissões em breve”, afirmou a organização ao Metrópoles.
A MP foi apresentada em fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por seus ministros ao Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, ela recebeu 313 votos a favor, ante 166 contra.
Nesta manhã, o Senado se reuniu em audiência pública para debater a medida, com participação do ex-ministro de Minas e Energia Nelson Hubner Moreira e o ex-presidente da Chesf Mozart Bandeira Arnaud.