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Funcionárias da Petrobras denunciam casos de assédio: “Seio apalpado”

Em grupo de WhatsApp, funcionárias denunciaram 53 episódios de assédio sexual cometidos por colegas de trabalho e superiores hierárquicos

atualizado

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Funcionário abastece tanque no centro de Distribuição da Petrobras no SIA combustivel tanque gasolina alcool diesel - Metrópoles
1 de 1 Funcionário abastece tanque no centro de Distribuição da Petrobras no SIA combustivel tanque gasolina alcool diesel - Metrópoles - Foto: Gustavo Moreno/Metrópoles

Um grupo de funcionárias da Petrobras relatou, em um grupo de WhatsApp, dezenas de episódios de assédio sexual cometidos por colegas de trabalho e superiores hierárquicos. Segundo reportagem da GloboNews, os casos aconteceram quando as mulheres estavam a bordo de plataformas ou em unidades como Centro de Pesquisas.

A reportagem mostrou 53 mensagens das mulheres que sofreram abusos ou foram testemunhas dos casos de agressão.

“A gente botava cadeira na porta à noite porque era proibido trancar… Uma amiga passou por uma situação bizarra. Chegou no camarote e tinha um cara mexendo nas calcinhas dela”, diz uma das funcionárias.

“Embarquei uma única vez, no curso de formação. Me colocaram num quarto com um químico. No começo fiquei de boa porque a gente tinha horário trocado e nunca via ele no quarto. Até um dia que entrei e ele estava deitado assistindo a um filme pornô na TV do quarto. Saí na mesma hora para falar com o fiscal que não ficaria mais naquela situação.”

“A recepcionista da gerência que eu trabalhava teve o seio apalpado por um petroleiro, dentro da empresa. O caso virou o escândalo da gerência e todo mundo soube do caso, mas a chefia não fez nada. A moça foi transferida de área.”

Caso de 2022

Em 2022, um grupo de funcionárias terceirizadas do Centro de Pesquisas da Petrobras, na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio, denunciou um petroleiro por assédio sexual em 2022.Segundo o Ministério Público do Rio, o agressor, “esfregou por três vezes o pênis nas nádegas da vítima, conforme registro de ocorrência feito pela vítima” e tentou forçar relações sexuais com ela.

As mulheres relatam que o homem também “balançava seu crachá e passava a constrangê-la de forma insistente, mesmo com a sua recusa, tendo por fim surpreendido a funcionária, enquanto a mesma realizava a limpeza de uma pia, a abordando pelas costas e esfregando o pênis em suas nádegas”, afirmou o MP.

Resposta

O Ministério Público do Trabalho afirmou que aguarda o envio dos documentos por parte do Ministério Público Estadual para abrir uma investigação trabalhista sobre o caso.

Já a Petrobras diz que já iniciou uma investigação interna. “Imediatamente após receber as denúncias, a Petrobras abriu uma apuração interna e adotou as medidas cabíveis dentro do âmbito administrativo. A Petrobras reafirma que não tolera qualquer ato de violência, agressão, atitudes de assédio moral ou sexual ou atitudes e comportamentos discriminatórios contra qualquer pessoa”, disse a empresa.

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