Funarte tem novo presidente, o 6º desde o início do governo Bolsonaro
Tamoio Athayde Marcondes assume o comando da fundação de incentivo à produção cultural em um momento de reestruturação interna
atualizado
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Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (20/4) a nomeação de Tamoio Athayde Marcondes para a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Ele assume no lugar do coronel Lamartine Barbosa Holanda, exonerado no início de abril.
É a sexta troca no comando da fundação desde o início do governo Jair Bolsonaro (sem partido). A Funarte é responsável por promover e incentivar a produção cultural. A nomeação é assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Tamoio Athayde Marcondes deixa o cargo de atual assessor jurídico da vice-presidência para assumir o órgão ligado à cultura.
Antes de assumir o cargo que acabou de deixar, Athayde ocupou, entre junho de 2018 e janeiro de 2019, a função de procurador federal na Funarte, prestando consultoria jurídica e assessoramento.
Reestruturação da Funarte
Athayde assume o órgão em um momento de reformulação do setor cultural. Em nota, quando da demissão do coronel Lamartine, a Secretaria Especial de Cultura, à qual a Funarte é vinculada, informou que está havendo uma “restruturação” da fundação.
“A reorganização estrutural está em curso para que a população e os produtores culturais possam acompanhar, diariamente, e utilizar de suas instituições culturais de forma clara, rápida e objetiva”, destaca o texto.
Antes do coronel Lamartine, passaram pelo posto Luciano Querido, Dante Mantovani (duas vezes) e Miguel Proença.
O coronel foi nomeado em setembro de 2020, para estancar a crise na Funarte. O antecessor do militar, Luciano Querido, não tinha formação nem experiência voltada para a área cultural. Ele vinha ocupando de forma interina, desde 7 de maio, a presidência da fundação.
Mantovani foi afastado logo após a posse da ex-secretária de Cultura Regina Duarte. Ele chocou o mundo artístico e a opinião pública ao declarar que “o rock ativa a droga, que ativa o sexo, que ativa o aborto, que ativa o satanismo”.
Mantovani entrou na Funarte na gestão de Roberto Alvim, demitido da Cultura por manifestações de cunho nazista. Atualmente, a Secretaria de Cultura é chefiada pelo ex-ator global Mario Frias.