Fuga do PCC: governo do MS foi alertado de riscos há quatro meses
“Desde o último trimestre de 2019 já tinha informação da necessidade de monitoramento”, destaca nota oficial do governo
atualizado
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Um dias após a fuga de 76 presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) da Penitenciária Pedro Juan Caballero, na fronteira do Brasil com o Paraguai, o governo do Mato Grosso do Sul admitiu que “desde o último trimestre de 2019 já tinha informação da necessidade de monitoramento com muita atenção” da região.
Em nota oficial divulgada nesta segunda-feira (20/01/2020), o governo afirma que tomou medidas cautelares e que tem “uma sintonia grande com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai”.
Entre as medidas pontuadas pelo governo, está determinação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) de enviar policiais militares e civis para a fronteira.
O policiamento, segundo a nota, conta com barreiras de fiscalização e até uso de helicópteros. “Ainda é possível viajar e voltar do Paraguai. O termo ‘fechar a fronteira’ deve ser interpretado da seguinte maneira: intensificou o policiamento, a fiscalização na fronteira”, explica o texto.
Fugas no Paraguai e no Acre
Quase 30 presos escaparam nesta segunda-feira por um buraco na parede de uma cela da unidade penitenciária Francisco d’Oliveira Conde. Eles escaparam um dia após a debandada na Penitenciária Pedro Juan Cabellero, na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Integrantes da facção criminosa PCC fugiram do Presídio de Pedro Juan Caballero, na fronteira entre o Paraguai e o Brasil, durante a madrugada desse domingo (19/01/2020). Os detentos escaparam da unidade por um túnel. Eles conseguiram, praticamente, esvaziar o pavilhão B, destinado aos presos do grupo.
A distância entre o túnel e a guarita mais próxima é de apenas 25 metros, onde deveria estar ao menos um guarda de cela.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que as autoridades brasileiras estão colaborando com a identificação e a captura dos fugitivos.