Frentista morto por bala perdida será enterrado nesta segunda
Jovem foi atingido quando seguia para o trabalho na manhã desse domingo (28/2). Familiares acusam a PM pelos disparos
atualizado
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Rio de Janeiro – O corpo do frentista Arilson Santiago Pinto, de 21 anos, morto após ser atingido por bala perdida quando ia para o trabalho na manhã desse domingo (28/2), no bairro do Tribobó, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, está marcado para às 16h desta segunda (1º/3). De acordo com familiares do rapaz, os tiros foram disparados por policiais militares.
Imagens de câmeras de segurança mostram o carro em que estava o frentista, de carona com o gerente do posto de gasolina onde trabalha, seguindo pela rua onde foi atingido. Em seguida, nas imagens, PMs aparecem atirando.
“Meu filho era um cara bom, ele era goleiro, tinha o sonho de ser jogador, mas como a idade estourou nós não conseguimos. Mas ele estava no primeiro trabalho dele, a primeira filhinha está para nascer, eles estavam preparando a casinha deles também lá. Mas não deu. Os policiais, infelizmente… não teve troca de tiros. Todas as imagens que conseguimos resgatar mostram que não teve troca de tiros, só o policial atirou e matou o meu filho”, disse Aristides Pinto, pai da vítima.
Segundo a Polícia Militar, o caso ocorreu quando, em policiamento ostensivo pela Rua Dalva Raposo, no bairro de Tribobó, um grupo de policiais foi atacado por disparos de arma de fogo efetuados por criminosos locais. Houve confronto e os suspeitos fugiram.
A 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato.
Ainda de acordo com a nota, a Polícia Militar informou que equipes do 7° BPM (São Gonçalo) foram acionadas para checar a entrada de um homem no Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, atingido por disparos de arma da fogo. Chegando ao local, os policiais constataram que a vítima, que teria vindo do bairro de Tribobó, não resistiu aos ferimentos.
Segundo a PM, até o momento, não há informações sobre a autoria do crime, e as circunstâncias do caso também estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).
A DHNSGI, por sua vez, já recolheu imagens de câmeras de segurança da região e intimou a equipe da Polícia Militar envolvida na ocorrência para que os policiais apresentem as armas usadas na ação. A Polícia Civil quer apurar o local exato de onde partiu o disparo.