Freixo aciona MPF contra presidente da Palmares por ofensas a Moïse
No Twitter, Sérgio Camargo disse que congolês tratava-se de “vagabundo morto por vagabundos mais fortes” e que morte não foi caso de racismo
atualizado
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O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo. Nesta sexta-feira (11/2), o bolsonarista afirmou que o congolês Moïse Kabagamve era um “vagabundo” – “morto por vagabundos mais fortes”.
De acordo com o dirigente da Fundação Palmares, o assassinato não teve relação alguma com a cor de pele de Moïse, que era negro, e sim com o “modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”.
A representação de Freixo pede a apuração de suposta improbidade administrativa, violação dos princípios da administração pública e/ou prática de conduta ilícita.
“Sérgio Camargo praticou uma verdadeira imputação de fatos desonrosos, além de aviltar a dignidade da pessoa morta. Portanto, além de levianas, as condutas imputadas por Sérgio Camargo são criminosas. A conduta é agravada pelo fato de o autor do fato ser presidente de uma fundação pública, ocupando alto cargo de gestão no Poder Executivo Federal”, destaca o documento.
Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi assassinado no Rio de Janeiro depois de ir cobrar diárias de trabalho no quiosque em que trabalhava. A Polícia Militar do Rio abriu investigação para apurar as denúncias de intimidação por parte de agentes feitas a parentes do congolês.
Veja a representação de Freixo:
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