França parabeniza Lula: “Traz Tarcísio e seu partido para nos apoiar”
Márcio França perdeu o comando do Ministério dos Portos e Aeroportos. Pasta será ocupada por Silvio Costa Filho, do Republicanos
atualizado
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Depois de perder o comando do Ministério dos Portos e Aeroportos, na noite quarta-feira (6/9), Márcio França (PSB) usou as redes sociais para parabenizar Silvio Costa Filho (Republicanos), que assumiu o posto.
França também disse que, com a mudança, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traz Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) para apoiar o governo. Tarcísio é governador de São Paulo e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), adversário político de Lula.
“Posso garantir que Sílvio Costa é um grande político, muito preparado e filho de um grande amigo meu. Nos ajudará na tarefa de promover a união e reconstrução que o Brasil tanto precisa. Saúdo Lula por trazer para o governo Tarcísio e seu partido para nos apoiar. O Brasil voltou”, escreveu França em uma rede social.
Na noite de quinta, o líder do PP na Câmara dos Deputados, André Fufuca (MA), e o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram anunciados como ministros do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente.
Centrão na Esplanada
Num acerto visando a governabilidade, os novos ministros assumem as pastas no lugar de Ana Moser e Márcio França. França deve continuar ministro, mas em outra pasta ainda a ser criada, que será chamada de Ministério das Micro e Pequenas Empresas.
De acordo com a assessoria de comunicação do governo, a nomeação e a posse dos novos ministros serão realizadas no retorno do presidente Lula da reunião do G20, ou seja, na próxima semana.
O anúncio dos novos ministros ocorre após pressão do grupo político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para acomodar o Centrão em mais pastas do primeiro escalão do governo. A primeira substituição para esse fim ocorreu em julho, com a nomeação de Celso Sabino para a pasta do Turismo.
Longa novela se desenrolou desde então, com representantes dos partidos PP e Republicanos e a equipe de Lula debatendo a divisão de espaços no governo federal como forma de solidificar a base de Lula no Congresso.