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Fotos mostram malas com dinheiro que seriam dadas a Temer e Aécio

Imagens feitas pela Polícia Federal registram como foram organizados os R$ 2,4 milhões que teriam sido levados por intermediários

atualizado

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As fotos das malas lotadas de dinheiro que teriam sido repassadas a mando do empresário Joesley Batista a intermediários do presidente Michel Temer (PMDB), do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do operador Lúcio Funaro, feitas pela Polícia Federal, foram divulgadas com exclusividade pela revista Época nesta sexta-feira (4/8). As imagens exibem milhares de cédulas de R$ 100 e R$ 50, que somariam R$ 2,4 milhões.

As entregas foram alvo de investigação da PF, pela Operação Patmos, em abril e maio deste ano, com base nas delações de executivos da empresa.

A reportagem reconstitui cinco entregas de dinheiro. Três delas, de R$ 500 mil, se destinariam ao senador. Temer receberia outra mala, no mesmo valor — aquela flagrada com o ex-assessor especial do presidente e ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Já o corretor Lúcio Bolonha Funaro — que está preso —, apontado como operador financeiro do PMDB, ficaria com o pacote de R$ 400 mil.

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Mala recebida por Rodrigo Rocha Loures, suposto emissário de Temer
Mala recebida por Frederico Pacheco, o Fred, primo de Aécio Neves
Mala recebida por Frederico Pacheco, o Fred, primo de Aécio Neves
Mala recebida por Frederico Pacheco, o Fred, primo de Aécio Neves
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Mala recebida por Rodrigo Rocha Loures, suposto emissário de Temer

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Mala recebida por Rodrigo Rocha Loures, suposto emissário de Temer

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Mochila recebida, segundo a PF, por Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro

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Mochila recebida, segundo a PF, por Roberta Funaro, irmã de Lúcio Funaro

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De acordo com delação de Joesley Batista, do Grupo JBS, o ex-executivo da companhia Ricardo Saud teria intermediado a entrega do dinheiro a Loures. Em troca, o lobista teria pedido benefício ilegal no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a uma empresa da J&F — controladora da JBS — sobre um contrato com a Petrobras.

Em 7 de março deste ano, Joesley gravou conversa com Temer, no Palácio do Jaburu. O presidente teria incentivado o empresário a manter o silêncio do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha, preso desde outubro de 2016.

Com base na conversa gravada pelo empresário, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Temer. A acusação formal atribuía ao peemedebista crime de corrupção passiva. Janot estava convencido de que o presidente era o destinatário real dos R$ 500 mil da JBS.

A denúncia acabou arquivada nesta quarta (2) pela Câmara dos Deputados.

Aécio
Um primo do senador Aécio Neves, o empresário Frederico Pacheco, o Fred, buscou todas as parcelas do tucano no escritório de Saud, em São Paulo, segundo os investigadores. A primeira delas, o familiar de Aécio pegou em 5 de abril. Regressou sete dias depois, já monitorado pela PF, e manteve o cronograma nas semanas seguintes: encontrou Saud também em 19 de abril e 3 de maio. A defesa de Aécio alegou que o dinheiro era apenas empréstimo.

A PF prendeu Fred em 18 de maio, na Patmos. Em 22 de junho, ele deixou o presídio onde estava, em Belo Horizonte, por decisão do STF, e passou a cumprir prisão domiciliar, acompanhado por tornozeleira eletrônica. Antes disso, o primo de Aécio devolveu R$ 1,5 milhão, que, segundo os investigadores, seriam parte do montante recebido da JBS.

A corporação também apreendeu duas sacolas com um total de R$ 480 mil na casa da sogra do ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima. Os investigadores afirmam que o dinheiro também seria da JBS. A PF deteve Mendherson, mas ele passou para a prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira, também por decisão do STF.

Funaro
De acordo com a PF, Saud foi o responsável por repassar, por meio de um auxiliar, Florisvaldo de Oliveira, R$ 400 mil a Lúcio Funaro, recebidos pela irmã do corretor, Roberta Funaro. O “mensalinho” teria objetivo de manter o suposto operador do PMDB em silêncio dentro da prisão. Florisvaldo arrumou as notas em uma pasta preta e a entregou à irmã de Funaro, que acabou presa pela PF.

O STF também converteu a prisão preventiva de Roberta Funaro em domiciliar. Ela é monitorada por tornozeleira.

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