Fotojornalista do Metrópoles foi agredida por 10 homens: “Me deram socos e chutes”
Em relato chocante, a profissional do Metrópoles diz que foi cercada por dez homens e recebeu chutes e socos dos bolsonaristas
atualizado
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A fotojornalista do Metrópoles que foi agredida e teve os pertences roubados durante as manifestações antidemocráticas de bolsonaristas neste domingo (8/1), na Esplanada dos Ministérios, fez um relato chocante de como toda a situação aconteceu. A profissional teve o equipamento de trabalho e os celulares roubados, além de ser hostilizada pelos extremistas.
Segundo ela, o ataque aconteceu atrás do Congresso Nacional, ao lado da rua da Praça dos Três Poderes, por volta das 15h, enquanto ela tirava fotos do ato antidemocrático. “Um homem perguntou quem eu era e o motivo de estar tirando fotos. Eu tentei desconversar, mas acabei dizendo que trabalhava na imprensa. Ele, então, começou a gritar que eu não poderia ficar ali”, contou.
Após tentar apaziguar a situação, a profissional se viu cercada por cerca de 10 homens. “Se juntaram ao meu redor gritando e xingando. Tentei sair de lá, mas me deram socos na barriga e pegaram meus equipamentos enquanto me chutavam”, explicou a fotojornalista.
Ela relata que, após tentar se desvencilhar dos ataques e acalmar os bolsonaristas, eles exigiram que ela entregasse o celular e o cartão de memória da câmera. “Tiraram da minha mão e me devolveram meus equipamentos de trabalho. O celular e o cartão de memória ficaram com eles”, alegou.
Depois de tudo, os agressores tentaram impedir que a profissional deixasse o local. “Tive que me esquivar deles para sair de lá”, contou. A fotojornalista felizmente conseguiu chegar ao Departamento de Polícia para fazer um boletim de ocorrência e sofreu apenas escoriações leves nos braços e nas pernas.
Outros ataques à imprensa
Outro fotojornalista também sofreu ataques durante o ato. De acordo com testemunhas, o profissional da agência internacional Reuters acabou sendo expulso do Palácio do Planalto.