metropoles.com

Forças Armadas: gasto com pensões e militares inativos cresce R$ 10,8 bi em 5 anos

A verba prevista para pagar inativos e pensionistas das Forças Armadas é maior que o orçamento de 10 ministérios juntos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Cerimônia de comemoração do dia do soldado no Quartel General do Exército agenda bolsonaro militares
1 de 1 Cerimônia de comemoração do dia do soldado no Quartel General do Exército agenda bolsonaro militares - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governo federal prevê gastar mais de R$ 25 bilhões com pensões militares das Forças Armadas em 2023. O benefício é destinado a familiares de servidores que faleceram após integrarem os quadros do Exército, da Aeronáutica ou da Marinha.

Já o custo de militares inativos, que inclui reformados e reservistas, será na ordem de R$ 30,6 bilhões.

Os dados foram compilados pelo Metrópoles com base no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2023, enviado pelo governo ao Congresso Nacional, e no Painel do Orçamento Federal (Siop).

Se o valor previsto for confirmado, o orçamento destinado às pensões militares registrará aumento de R$ 4,3 bilhões desde 2019, início do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é capitão reformado do Exército.

Já o crescimento da despesa com militares inativos gira em torno de R$ 6,5 bilhões nesse mesmo período.

Em 2022, estavam previstos R$ 53,6 bilhões para as duas ações. Houve aumento, portanto, de R$ 1,9 bilhão (3,6%) no período.

Gasto superior a 10 ministérios

Em 2023, cerca de R$ 28,5 bilhões serão destinados a militares inativos e pensões do Exército. O Comando da Aeronáutica responderá por R$ 12,4 bilhões do montante, e o Comando da Marinha, R$ 14,7 bilhões.

Na prática, os gastos com inativos e pensões militares são maiores que o previsto para 10 pastas juntas.

O PLOA 2023 prevê despesas de R$ 47,6 bilhões, no total, para os seguintes órgãos: Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União e ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações; de Minas e Energia; do Desenvolvimento Regional; das Relações Exteriores; das Comunicações; do Meio Ambiente; do Turismo; e da Mulher, Família e Direitos Humanos.

O governo deve gastar apenas R$ 327,9 mil com o Ministério da Mulher em 2023. A pasta tem o menor orçamento da Esplanada.

Outro lado

Em nota, o Ministério da Defesa informou que a Lei nº 13.954/2019 reestruturou a carreira militar e dispôs sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas.

“A normativa foi amplamente debatida e aprovada pelo Congresso Nacional. Os impactos orçamentários na carreira militar advindos da citada lei decorreram de receitas e de economias geradas no âmbito da própria carreira, tornando a reestruturação autossustentável e autofinanciável”, explicou a pasta.

A Força Aérea Brasileira (FAB) também citou a Lei nº 13.954/2019 para explicar a alta dos gastos. Segundo a Aeronáutica, os impactos orçamentários advindos dessa Lei decorreram de receitas e economias geradas no âmbito da própria carreira.

“A normativa também elevou a alíquota de contribuição para o custeio do Sistema de Proteção Social das Forças Armadas, bem como promoveu a universalização da contribuição de maneira a contemplar os segmentos que eram isentos. Por esse motivo, o aumento de despesa está acompanhado de um proporcional acréscimo na receita gerada pelas contribuições”, detalhou.

Exército e Marinha não se manifestaram. O espaço segue aberto.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?