Força-tarefa prende 6 suspeitos pela chacina em Osasco e Barueri
Grupo matou 19 pessoas e deixou 5 feridos em São Paulo
atualizado
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A força-tarefa responsável por investigar a maior chacina da história de São Paulo realizou nesta quinta-feira (8/10), uma operação que prendeu seis suspeitos de participar da série de ataques que deixou 19 mortos e cinco feridos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, em agosto. Foram expedidos mandados de prisão contra cinco PMs e um guarda-civil metropolitano de Barueri, todos cumpridos.
A mobilização policial aproveitou a operação para realizar um mandado de busca e apreensão de Carapicuíba de outro caso, sem relação com a chacina – dois PMs foram presos em flagrante com armas e munição não autorizadas.
Além das prisões dos suspeitos pela chacina, a operação conjunta das Polícias Civil e Militar cumpre 28 mandados de busca e apreensão em 36 lugares, concedidos pela Justiça Criminal de Osasco e pela Justiça Militar.
Ao todo, são 96 viaturas e 457 policiais empenhados para realizar as prisões e buscas – 201 policiais civis do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) e 256 PMs da Corregedoria da Polícia Militar.A Justiça Militar expediu mandados de prisão para cinco PMs; já a Justiça comum, para dois PMs e o guarda civil, que é coordenador da Guarda Civil Metropolitana de Barueri (GCM). Dois PMs tiveram mandados expedidos tanto pela Justiça Militar como pela comum.
O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou que ainda há outros participantes da chacina. “Ainda estamos progredindo nas provas. Mas o que precisamos é, em relação a outros participantes que nós já identificamos, de mais provas para pedir novas prisões”, disse. “Nada em um caso importante como esse deve ser feito com pressa ”
Primeiro preso
Antes da operação desta quinta-feira, apenas um suspeito havia sido preso: o soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Fabrício Emmanuel Eleutério. Nos últimos três anos, ele foi investigado por 34 mortes, responde a cinco processos no Estado e já havia sido preso em abril de 2013 sob suspeita de integrar um grupo de extermínio. Os advogados do PM afirmam que ele é inocente.
Laudos periciais apontam que quatro calibres diferentes foram encontrados nos locais dos crimes e nos corpos das vítimas: 9 mm, .45, .380 e 38. Parte das munições pertence a lotes comprados pela Polícia Militar de São Paulo, pela Polícia Federal e pelo Exército Brasileiro, entre 2006 e 2008.