Força Nacional atuará em conflitos entre fazendeiros e indígenas em MS
A iniciativa vem após denúncias feitas pelo Cimi acerca de ataques de fazendeiros a indígenas em Iguatemi, Mato Grosso do Sul
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou mais uma medida de reforço nas fronteiras do país e no Cone Sul, Mato Grosso do Sul. Trata-se da liberação da Força Nacional para atuar em conflitos entre fazendeiros e indígenas.
Segundo a portaria, as forças de segurança ficam autorizadas a permanecer nas duas regiões por 90 dias. Elas apoiarão a Polícia Federal (PF) em “atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”.
Até o momento, não há informações sobre o efetivo que será empregado, nem quanto será a verba destinada ao projeto. A iniciativa vem após denúncias feitas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) acerca de ataques de fazendeiros a indígenas em Iguatemi, Mato Grosso do Sul.
Conflito
No último sábado (16/12), a PF passou a investigar ataques sofridos pela comunidade indígena Pyelito Kue/Mbaraka’y, na fronteira com o Paraguai. As investidas começaram por volta das 15h30, depois que funcionários de uma fazenda local perceberam um grupo de 30 indígenas que ocupou uma área de mata no interior da propriedade.
De acordo com o Cimi, o local tem 2387 hectares e está sobreposta a Iguatemipegua I, terra indígena habitada pelos povos tekoha Pyelito Kue e Mbaraka’y.
Os indígenas que habitam a região pedem a presença de forças de segurança federais, pois não confiam nas autoridades locais, as quais acusam de apoiar e servir de segurança privada dos fazendeiros.
