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Fora da Apex, Letícia Catelani terá de explicar denúncia de corrupção

Ela tem 72 horas para apresentar materiais demonstrando desmandos na agência. Ela fez denúncia nas redes sociais

atualizado

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Letícia Catelani
1 de 1 Letícia Catelani - Foto: Reprodução

A ex-diretora de negócios da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) do Brasil, Letícia Catelani, tem 72 horas para explicar uma denúncia que ela mesma fez nas redes sociais, de que haveria corrupção dentro da agência. O novo presidente do órgão, almirante Sérgio Ricardo Segovia Barbosa, enviou uma notificação extrajudicial para que ela se explique.

Logo após ser demitida da agência, Letícia fez uma postagem em suas redes sociais na qual dizia ter combatido “incansavelmente” a corrupção no órgão. “Sofri pressão de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios, além de ameaças e difamações”, publicou.

O documento com pedido de explicações foi enviado nesta sexta-feira (11/05/19). Foi pedido para que ela explicite os elementos probatórios desses supostos atos. “De forma transparente e cristalina, [explicite] acerca dos atos e contratos objeto de suas declarações, visto que é de fundamental interesse da Administração desta Agência que as informações sejam detalhadas com transparência para que, eventualmente se confirmando a veracidade, sejam imediatamente adotadas as medidas administrativas e judiciais cabíveis”.

Indicada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a ex-diretora também é próxima ao filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Confira o post onde ela diz ter combatido “contratos espúrios”sem ceder às vontades dos supostos corruptos.

Após ser demitida, Letícia teve sua entrada bloqueada no prédio quando voltou para pegar suas coisas. Depois do episódio, a ex-diretora publicou no Twitter que teriam arrombado a sala que utilizava e que pegaram seus pertences pessoais.

Além de Catelani, Márcio Coimbra, que era diretor de Gestão Corporativa, também foi exonerado do cargo. Indicados pelo chanceler Ernesto Araújo e considerados seguidores do escritor Olavo de Carvalho, ambos se desentenderam com dois ex-presidentes da Apex, Alex Carreiro e o embaixador Mário Vilalva.

A assessoria de imprensa de Letícia foi procurada, mas não se manifestou até a última edição desta matéria.

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