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Fontes radioativas de Césio-137 desaparecidas em MG são achadas em SP

Fontes radioativas foram encontradas em São Paulo e, segundo a polícia, estão sob análise da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)

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Imagem colorida mostra Medidor de densidade que utiliza a fonte de Césio 137 - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Medidor de densidade que utiliza a fonte de Césio 137 - Metrópoles - Foto: CGMI/CNEN

As duas cápsulas radioativas de Césio-137 que desapareceram em Minas Gerais foram encontradas em São Paulo. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), ligada à Polícia Civil de Minas Gerais, informou, nesta segunda-feira (10/7), que os materiais estão sob análise.

As fontes radioativas, supostamente furtadas de uma mineradora, estavam em uma empresa de sucatas de São Paulo (SP). O desaparecimento, porém, ocorreu a mais de 400 km dali, em Nazareno (MG).

Em nota, a CNEN informa que já encaminhou equipe de técnicos para o local. “As fontes serão levadas para o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), unidade da CNEN em São Paulo, onde passarão por avaliações (quanto à integridade, taxas de dose, condições de uso, dentre outras)”, completa.

A empresa dona das cápsulas, a AMG Brasil, informou ao portal que conduz investigação interna para apurar responsabilidades sobre o sumiço dos objetos radioativos. O caso aconteceu na noite do dia 29 de junho.

O Metrópoles tentou contato com a Polícia Civil para obter posicionamento sobre o assunto, mas não houve retorno até a publicação deste texto.

Risco

Apesar da preocupação, as fontes desaparecidas são descritas como “duplamente encapsuladas com aço inoxidável e blindadas externamente em aço inox, resistente ao impacto”.

Além disso, foram classificadas como de categoria 5 em relação ao perigo de exposição, considerada de baixo risco (ou “não perigosas”, conforme classificação da Agência Internacional de Energia Atômica).

Césio-137 em Goiânia

As fontes extraviadas, apesar de serem de Césio-137, têm atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente de Goiânia, em 1987. Mesmo que fossem violadas, o material com o qual são confeccionadas não seria espalhado, como aconteceu na capital goiana.

O acidente aconteceu em 1987, na capital de Goiás, devido ao manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia. O caso envolveu centenas de pessoas.

A fonte tinha radioatividade de 50.9 Tbq (1375 Ci). A violação do equipamento resultou em fragmentos espalhados no meio ambiente, na forma de pó azul brilhante.

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