metropoles.com

Fonoaudióloga suspeita de torturar crianças autistas: “Demônio chegou”

Investigação apura tapa, paciente trancado e toque em genitais dentro de consultório de fonoaudióloga em Duartina, no interior de São Paulo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Polícia Civil/Divulgação
Prints de mensagens mostram que a fonoaudióloga xingava os pacientes
1 de 1 Prints de mensagens mostram que a fonoaudióloga xingava os pacientes - Foto: Polícia Civil/Divulgação

São Paulo – A Polícia Civil investiga denúncias de mães mostrando que os filhos autistas teriam sido agredidos, trancados em salas e tocados nos genitais em uma clínica em Duartina, no interior de São Paulo. Além disso, prints de mensagens mostram que a fonoaudióloga, que atendia as crianças, xingava os pacientes.

A profissional se referia às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como “filho da puta”, “demônio”, “chato”, “insuportável”, entre outros termos. O G1 teve acesso às cópias das conversas que fazem parte da investigação. “Cagou minha sala inteira. Filho da p***”, disse. Em outra, escreveu: “Demônio chegou”.

As mensagens foram enviadas pela fonoaudióloga em 29/3 e 8/4. Os registros mostram ainda que a profissional não oferecia as sessões individualizadas que tinham sido contratadas e pagas pelas mães.

Denúncia

Uma ex-funcionária contratada como acompanhante terapêutica fez vídeos, fotos e áudios das agressões. Ela decidiu fazer a denúncia na polícia quando viu menino levar um tapa.

O celular da ex-funcionária foi apreendido para perícia do material gravado. O laudo deve ficar pronto nesta semana. O delegado responsável pelo caso, Paulo Calil, afirmou que também apura se foi praticado o crime de tortura.

5 imagens
A profissional se referia aos pacientes, que são crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), como “filho da puta”, “demônio”, “chato”, “insuportável” e outros termos
Outra mãe foi chamada para prestar depoimento na delegacia e descobriu que o filho de 9 anos ficava trancado em uma sala
A mulher contou que a criança que tem autismo severo voltava para casa urinada e sem camiseta
Uma mãe disse que filho de 3 anos que foi atendido pela fonoaudióloga relatou que a “tia” tocava em seu órgão genital
1 de 5

Prints de mensagens mostram que a fonoaudióloga xingava os pacientes

Polícia Civil/Divulgação
2 de 5

A profissional se referia aos pacientes, que são crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), como “filho da puta”, “demônio”, “chato”, “insuportável” e outros termos

Polícia Civil/Divulgação
3 de 5

Outra mãe foi chamada para prestar depoimento na delegacia e descobriu que o filho de 9 anos ficava trancado em uma sala

Arquivo Pessoal
4 de 5

A mulher contou que a criança que tem autismo severo voltava para casa urinada e sem camiseta

Arquivo Pessoal
5 de 5

Uma mãe disse que filho de 3 anos que foi atendido pela fonoaudióloga relatou que a “tia” tocava em seu órgão genital

Arquivo Pessoal

Defesa da fonoaudióloga

“Não houve ainda sequer a constituição formal de inquérito policial, de modo que todas as informações referentes às denúncias devem ser analisadas com cautela e prudência, tanto em respeito à pessoa das acusadas como às supostas vítimas”, disse a defesa da suspeita ao G1.

O comunicado afirmou ainda que a fonoaudióloga colabora com as investigações policiais. No entanto, a família da investigada teve de sair da casa por temer represálias.

Toque na genitália

Uma mãe disse que filho de 3 anos atendido pela fonoaudióloga relatou que a “tia” tocava em seu órgão genital. “Onde a tia pegava e colocava a mãozinha?”, questionou a mãe em vídeo enviado ao G1. A criança respondeu “Aqui” e apontou para a fralda.

Outra mãe foi chamada para prestar depoimento na delegacia e descobriu que o filho de 9 anos ficava trancado em uma sala. Uma foto mostra as mãos do garoto apoiadas em um vidro. A mulher contou que a criança que tem autismo severo voltava para casa urinada e sem camiseta.

Tapa

Já a mãe de um menino de 6 anos diagnosticado com autismo em grau severo acusa a fonoaudióloga de ter dado um tapa na boca da criança depois que ele a mordeu.

“É muito difícil, eu sei de onde o meu filho veio, sei o que ele passou pra chegar onde está. É uma criança que não sabe falar, que não sabe se expressar. Ele é extremamente vulnerável. O tapa doeu muito mais em mim. Desumano”, disse a mulher.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?