“Foi uma lavação de roupa suja”, diz Eduardo Bolsonaro sobre PSL
Deputado federal garantiu que sigla está pronta para atuar no Congresso em prol da governabilidade
atualizado
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Após uma semana de brigas internas no PSL e uma articulação na Câmara para isolar o partido na próxima legislatura, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) minimizou as questões e garantiu que a sigla estará pronta para atuar no Congresso em prol da governabilidade.
“As discussões internas são até saudáveis. Qual partido que pensa 100% igual? Isso não existe. O que ocorreu foi o vazamento de um grupo de WhatsApp em que a gente estava lavando roupa suja. Mas não vejo isso como prejudicial para a governabilidade de Jair Bolsonaro, não”, afirmou.
Durante a semana, imagens de uma discussão no grupo interno dos futuros parlamentares do PSL vazaram na imprensa. Nelas, Eduardo discutia com a deputada eleita Joice Hasselmann (SP) sobre a liderança da sigla no próximo ano.
Eduardo afirmou que a colega é uma pessoa que está “com muita vontade” e isso acaba gerando conflitos com quem “faz a articulação e trata sobre as matérias”. “Acho que é da personalidade dela ser para frente assim. Mas a gente vai fazendo umas explicações para ela, e acredito que ela vai entender”, disse.
Questionado sobre se havia feito as pazes com Joice, Eduardo disse apenas: “Daqui a pouco a gente faz”.
O deputado também respondeu com uma brincadeira ao fato de Joice ter dito nesta semana que ela é a “xerox de alma” de Jair Bolsonaro, parecida com o futuro presidente até mais do que os seus próprios filhos. “Tem que fazer um exame de DNA então”.
Isolamento
Sobre a tentativa de alguns partidos de criarem um bloco para isolar o PSL e o PT, Eduardo disse que articulações do tipo são normais e quem não está nelas “está ficando para trás”. “O PSL está atento a isso e já estamos conversando com líderes partidários. Daqui a pouco isso já vai ter passado”, disse.
Sobre as conversas para a Presidência da Câmara, Eduardo disse que o atual mandatário, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um bom quadro, mas não representa a preferência do PSL. “Todos sabemos que ele chegou à presidência articulando com o PT, mas ele transita bem entre a direita também. É uma questão de preferência”, disse.
Para ele, o PSL precisa apoiar alguém que já tenha experiência parlamentar porque haverá uma esmagadora quantidade de novatos e a oposição ao novo governo também será forte. O PT deverá ser a segunda maior bancada da Casa, ficando atrás do PSL.
Eduardo Bolsonaro participou neste sábado, 8, da Cúpula Conservadora das Américas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele é um dos principais mentores do encontro, que tem como objetivo reunir a direita no Brasil e nos outros países latino-americanos.