“Foi uma fuga que custou muito barato”, diz Lewandowski sobre Mossoró
Ministro Ricardo Lewandowski disse que 300 agentes de PF, PRF e polícias locais buscam fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró
atualizado
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A primeira fuga da história dos presídios federais do Brasil não foi fruto de um planejamento elaborado e minucioso, mas oportunismo dos criminosos diante de falhas pontuais de segurança, acredita o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
“Foi uma fuga que custou muito barato”, disse ele, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (15/2), em Brasília.
Dois criminosos fugiram do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na madrugada de quarta-feira (14/2), e são procurados na mata em torno da unidade. Um furto de comida numa casa próxima pode ter sido cometido pelos fugitivos: Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho ou Tatu, que são do “baixo clero” do Comando Vermelho.
De acordo com Lewandowski, falhas em câmeras de monitoramento e ferramentas de uma obra que servirá justamente para dificultar fugas ajudaram os criminosos a deixar o prédio de segurança máxima. “Houve a utilização das ferramentas que estavam sendo usadas na reforma das instalações. Algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente. Assim como algumas lâmpadas não estavam funcionando adequadamente”, relatou Lewandowski.
“De quem é a responsabilidade, será apurado em duas investigações, no âmbito civil e criminal”, continuou o ministro, que afastou a direção da unidade e nomeou um interventor.
O ministro disse ainda que 300 agentes de PF, PRF e polícias locais buscam fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. Três helicópteros estão sendo usados nas buscas, além de drones.