“Foi um inferno”, diz prefeito de Araçatuba após ataque com 3 mortos
Dilador Borges contou ao Metrópoles os detalhes do momento de terror vivido na cidade durante ação de criminosos, na madrugada desta segunda
atualizado
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O prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), disse nesta segunda-feira (30/8) ao Metrópoles que a cidade viveu “um inferno”, durante a ação de criminosos fortemente armados que atacaram três agências bancárias no centro do município, nesta madrugada, e deixaram três mortos.
“Eu moro a três quarteirões de tudo isso. Foi um inferno. É como sair do céu e acordar com isso tudo, tiroteio. É uma sensação de impotência muito grande, horrível, muito ruim”, afirmou ele. “Tem corpo ainda na rua. A população está apavorada”, acrescentou.
A cidade foi invadida por criminosos em comboio de carros e que fizeram moradores de reféns para se protegerem da polícia. “Eles chegaram em fila de carros bons que, provavelmente, foram roubados para fazerem assalto. Certamente, não são bandidos de cidade pequena. São de grandes centros”, contou o prefeito.
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De acordo com Borges, três pessoas foram mortas durante a ação dos criminosos. Duas eram moradoras da cidade. Um dos criminosos também morreu baleado em troca de tiros. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para o pronto-socorro da cidade.
“Agora há pouco estive lá na rua e vi corpo lá. Um deles tenho certeza de que é de bandido, porque resgataram o corpo, depois largaram na troca de carros durante a fuga, e deixaram em um distrito próximo da gente”, afirmou o prefeito.
A área central da cidade foi interditada pela polícia. “O centro está isolado. O GATE (grupo especializado da PM) está vindo para desativar as bombas que foram deixadas na rua pelos criminosos”, disse Borges. Os ônibus do transporte coletivo circulam somente até o ponto permitido pelas barreiras policiais.
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Reforço
O prefeito disse que aguarda mais tropas da segurança pública para reforçar o policiamento na cidade. “Logo depois da meia-noite, liguei para o governador João Doria (PSDB), e ele passou a determinação para o secretário de segurança Pública, general João Campos, que solicitou o reforço imediatamente”, informou.
A cidade, segundo o prefeito, já recebeu policiais que atuam nas cidades de Rio Preto, Bauru e Presidente Prudente. “Acredito que, em questão de horas, hoje ou amanhã, eles devem pegar boa parte dos bandidos, porque por onde saíram é cana, muita estrada de terra”, relatou Borges.
O gestou municipal afirmou ainda que o atentado deste ano foi muito pior do que o registrado na cidade há quatro anos. “Em 2017, também convivemos com outro ataque criminoso, mas o de agora foi mais violento, teve mais mortes”, acentuou.
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